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José Roberto de Toledo

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Qual o ministro mais buscado do governo Lula (até agora)? O Google responde

Colunista do UOL

05/07/2023 04h00

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O colunista do UOL José Roberto de Toledo destacou, durante o programa Análise da Notícia, o ranking dos ministros mais procurados no Google.

Flávio Dino, da Justiça, foi o ministro mais buscado nos primeiros seis meses de governo Lula, com 22% de todas as buscas por ministros no período.

Em segundo lugar, ficou Fernando Haddad, da Fazenda, com 17%. Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ocupa a terceira posição, com 11%.

E daí?

Se o Google é o confessionário da internet, onde as pessoas vão tirar suas dúvidas e matar sua curiosidade, o Google Trends é a ferramenta que permite comparar todas as buscas.

Destaques no Google Trends são aqueles que despertam mais interesse do público. Para políticos, é indicador de popularidade — e uma medida para planejar suas aspirações e candidaturas. Apesar de o governo ter 37 ministros, a curiosidade do público está muito concentrada em poucos nomes.

O trio líder soma metade de todas as buscas por ministros. Os três primeiros colocados são tão buscados quanto todos os outros 34 ministros juntos:

Flávio Dino é o ministro de Lula mais buscado no Google - Reprodução - Reprodução
Flávio Dino é o ministro de Lula mais buscado no Google
Imagem: Reprodução

Dino liderou o ranking de ministros no Google Trends até maio. Ele saiu em vantagem pelo papel na reação à tentativa de golpe de 8 de janeiro. Logo em seguida, consolidou sua popularidade digital com uma bem sucedida participação em sabatinas no Congresso, ridicularizando expoentes da oposição.

Sem conseguir derrotar o ministro no debate ao vivo, a oposição começou a tentar desacreditá-lo lançando boatos nas redes. Entre as buscas que mais cresceram está "Dino + cloroquina", a respeito de um vídeo enganador, que dá a entender que ele apoia o uso da droga no tratamento contra a covid.

Haddad passou à frente, a partir de junho, pegando carona na votação do arcabouço fiscal pelo Congresso e na melhora dos indicadores econômicos. Ele também lidera as buscas por ministros no estado de São Paulo no acumulado do primeiro semestre.

Em terceiro lugar aparece Alckmin, com 11%, seguido de Simone Tebet (8%) e Marina Silva (6%), que aparecem no ranking em 4º e 5º lugares, respectivamente. A popularidade das ministras ainda é consequência de terem disputado eleições presidenciais: Simone em 2022, Marina em 2010, 2014 e 2018.

A maior novidade do ranking é o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Sem nunca ter disputado uma eleição, ele aparece em 6º lugar, com 4% das buscas. As pesquisas associadas a seu nome mostram a repercussão de seus discursos, o bom desempenho em sabatinas no Congresso e na difusão do conceito de racismo estrutural. Despertou mais interesse do que políticos experientes como o ministro da Educação, Camilo Santana.

Vale destaque

Pelo ranking do Google Trends, Dino surge como potencial presidenciável para a sucessão de Lula se o candidato governista não for do PT (ele está filiado ao PSB), enquanto Haddad é o nome mais forte do PT.

Com 11% na popularidade de buscas, Alckmin tem chances, mas precisará aparecer mais para se cacifar. E fazer isso sem melindrar Lula, já que é também vice-presidente.

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O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa: