Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Após fracassar como presidente, Bolsonaro estreia no ramo do entretenimento
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Na Presidência, Bolsonaro reagia às contrariedades exibindo o seu radicalismo fanfarrão no cercadinho do Alvorada. Agora, rodeado de inquéritos e na bica de se tornar inelegível, o capitão adapta sua teatralidade às circunstâncias. Numa conveniente aparição no Senado, Bolsonaro fez sua estreia no ramo do entretenimento. Depois de fracassar como presidente, tenta a sorte como mágico.
Bolsonaro imagina que pode fazer sumir os escândalos reduzindo-lhes a relevância em passes de mágica. Retratado como trambiqueiro de farda nos relatórios da Polícia Federal, Mauro Cid é transformado na retórica do capitão em "excelente oficial do Exército Brasileiro". Se errou, que siga o seu destino.
As compras no cartão de crédito clandestino de Michelle, cujas faturas eram liquidadas em dinheiro vivo pelo coronel-pagador, transformam-se em aquisições de "roupinhas" para a filha e "absorventes". A tentativa de assaltar joias sauditas é diluída numa descrição minuciosa de miudezas como camisetas e bonés —presentes insignificantes guardados num depósito do amigo Nelson Piquet.
Bolsonaro ainda não notou. Mas faz o caminho de volta do Planalto para a planície do baixo clero da política, de onde saiu. Seu espetáculo de magia não cheira bem. Para cada nova explicação cobrada pela conjuntura, o mágico amador tira um gambá da cartola.
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