Lula estima que chegará ao Natal em triunfo e sem dor nos quadris
Nos últimos dias, Lula passou a desenhar um cenário triunfante. Entre consultas médicas para tratar da artrose no fêmur direito e articulações para definir a dose de centrão que vai impor à esquerda governamental, o presidente impressionou os interlocutores com seu otimismo. Lula acha que chega ao Natal livre de dois incômodos: a dor no quadril e a cruz da desconfiança econômica que lhe pesava sobre os ombros desde a campanha.
Contra a dor provocada pela avaria no fêmur, Lula acertou com os médicos uma artroplastia de quadril, cirurgia eletiva já programada para outubro. Contra a cruz da falta de confiança, o presidente recita indicadores. Ele celebra a deflação. Exulta com a queda no preço dos alimentos. Nesta quarta-feira, adicionou a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência Fitch ao rol de dados que costuma mencionar.. Entre eles o dólar abaixo de R$ 4,80 e o ajuste na projeção de crescimento econômico para 2023 de 1,9% para 2,5%.
Lula se equipa para acionar na próxima semana todos os bumbos de sua orquestra. Deseja faturar como um feito pessoal o início de um novo ciclo de queda na taxa de juros. Fala de Roberto Campos Neto num timbre ainda envenenado. Lula diz que o presidente do Banco Central já não dispõe de desculpas para exercitar o que um dos ministros palacianos batizou de bolsonarismo monetário."
Como consequência da recuperação das roldanas que dão mobilidade ao seu quadril e da reversão dos maus presságios na economia, Lula estima que entrará em 2024 no melhor dos mundos, com energia para eletrificar candidatos companheiros a prefeituras estratégias. Do modo como se expressa, Lula parece ansioso para disputar com Bolsonaro o posto de cabo eleitoral de luxo.
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