Ricardo Nunes empurra para reta final o encontro com Bolsonaro
No primeiro turno, sob pressão de Pablo Marçal, Ricardo Nunes tinha pressa para obter um aceno qualquer de Bolsonaro. No segundo round, com 84% dos votos de Marçal do seu lado, o prefeito pisou no freio. Escorado no favoritismo apontado no último Datafolha, Nunes joga parado.
O prefeito empurrou para 22 de outubro, a cinco dias da eleição, um encontro com Bolsonaro e vereadores do partido dele, o PL. Ainda tem dúvidas sobre o aproveitamento das imagens. "Não sei dizer se vai para a televisão, mas eu creio que sim", declarou Nunes, nesta sexta-feira.
Hoje, a prioridade do comitê de Nunes é administrar os humores do eleitorado não radical, evitando que a rejeição de Bolsonaro, na casa dos 60%, afugente o voto do centro. Além do eleitor de Marçal, Nunes herdou 35% dos mais de 600 mil votos de Tabata Amaral.
Ao sumir da propaganda eleitoral e dos atos de campanha na primeira fase da corrida paulistana, Bolsonaro transformou limonada em limão. Terceirizou, por assim dizer, a Tarcísio de Freitas o papel de principal cabo eleitoral de Nunes. O capitão descobre da pior maneira que virou um asterisco na maior e mais rica cidade do país.
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