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PCC divulga comunicado explicando os motivos da expulsão de Tuta da facção
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O PCC (Primeiro Comando da Capital) divulgou um salve (comunicado) explicando os motivos da exclusão de Marcos Roberto de Almeida, 52, o Tuta, da facção criminosa. Segundo a mensagem, as causas da expulsão foram "má condução" e "falta de responsabilidade".
Até o mês passado, Tuta era considerado o número 1 do PCC nas ruas.
Segundo o MP-SP, (Ministério Público do Estado de São Paulo), o PCC divulgou o "salve" em 26 de abril deste ano. Um dos trechos diz que "Tuta está na luta dele em comunicação com a sintonia do PCC, diferente do que a mídia está passando".
De acordo com o comunicado, "a mídia está tentando, como sempre, implantar mentiras e discórdias dentro da família (PCC), mas estamos cada dia mais unidos e fortes em nossas lutas". O "salve" é assinado pela "sintonia final", como é conhecida a liderança da fação criminosa.
O MP-SP informou que o "salve" foi transmitido no sistema penitenciário e nas ruas. Autoridades que investigam o PCC não acreditam que Tuta está vivo e muito menos em sintonia com a organização criminosa, já que foi excluído e conhece bem os segredos e funcionamento do grupo, como o tráfico internacional de drogas e os paióis de armamentos.
No último dia 3, esta coluna informou que forças de segurança do Brasil disseram que Tuta havia sido sequestrado na Bolívia por integrantes do "tribunal do crime" da própria facção e também que ele havia sido excluído do PCC.
As mesmas fontes informaram que Tuta foi expulso por ter mandado matar integrantes do Primeiro Comando da Capital sem ordens da liderança do grupo. O governo boliviano desmentiu a informação de que Tuta tinha sido sequestrado naquele país.
Já fontes da Polícia Civil informaram que Tuta foi excluído do PCC porque um afilhado dele foi acusado de desviar R$ 35 milhões da facção. Policiais disseram que o afilhado foi assassinado e acrescentaram que não descartam a possibilidade de Tuta ter tido o mesmo fim.
Paradeiro desconhecido
Tuta responde a processo por associação à organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele e outros 19 réus são acusados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo de movimentar R$ 1,2 bilhão da facção criminosa no período de janeiro de 2018 a julho de 2019.
Neste mês um oficial de Justiça se dirigiu a dois endereços relacionados a Tuta para intimá-lo a participar, às 14h do próximo dia 25, de audiência virtual na 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
No dia 1º, o oficial foi a um condomínio na avenida Miguel Yunes, Usina Piratininga, zona sul de São Paulo. Porteiros disseram que Tuta é totalmente desconhecido no local. No mesmo dia, o oficial foi a outro endereço na rua Antônio Pedro Teixeira, Jardim Niterói, zona sul, e encontrou a casa fechada e desocupada.
O oficial voltou ao segundo endereço nos dias 7, 10 e 15 deste mês. Na última tentativa, um morador informou que Tuta residiu no imóvel, mas mudou de lá há mais de dois anos. O mesmo morador acrescentou que o paradeiro de Tuta é desconhecido.
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