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Câmeras de segurança podem provar inocência de trio preso por roubo em SP
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A Polícia Civil deve analisar imagens de câmeras de segurança da região da avenida Deputado Cantídio Sampaio, na Vila Souza, região da Brasilândia, zona norte de São Paulo, para saber se três jovens assaltaram ou não um corretor de imóveis às 6h45 do último dia 15.
Allan Jordan Pereira, 21, Lucas Almeida Brito, 20, e Rafael Marega Marques de Aquino, 20, foram presos em flagrante. Um menor, de 17 anos, também foi apreendido. Todos são acusados de roubar o telefone celular da vítima, de 36 anos.
Advogados dos rapazes e do adolescente contestam a acusação e dizem que os clientes não poderiam estar no local do roubo, às 6h45, horário da ocorrência, porque tinham acabado de sair de um baile funk, na rua Amaravati, Conjunto City Jaraguá, zona oeste, a 7,9 km de distância do local do crime.
Defensores dos presos refizeram todo o trajeto e reuniram imagens de câmeras de segurança do bairro. O material foi juntado ao inquérito policial. Na versão dos advogados, os jovens saíram da festa as 6h50, ocupando um Citroen Xsara, azul, dirigido pelo ajudante-geral Allan.
Uma gravação mostra o carro às 6h58 na Estrada de Taipas, altura do número 3.932. Em outra imagem, o Citroen passa às 7h na avenida Deputado Cantídio Sampaio, em frente ao número 6.253. A terceira câmera registra o veículo circulando nessa mesma via, no número 2.553, às 7h10, perto do local onde houve o roubo.
O crime foi registrado no 72º Distrito Policial (Vila Penteado). A vítima contou ao delegado que havia marcado um encontro pelo aplicativo de encontro "Tinder" e foi até o local dirigindo uma Land Rover. Disse que deixou o veículo estacionado nas imediações.
Segundo o corretor, pouco tempo depois, quatro jovens saíram de uma viela e o abordaram. Um deles usava um revólver. A vítima acrescentou que os assaltantes exigiram a chave da Land Rover e roubaram o telefone celular dele.
Ainda de acordo com a versão do corretor, ao perceber que o tambor do revólver não tinha munição, ele entrou em luta corporal com o assaltante armado. A vítima acrescentou que um dos ladrões o chutou e depois os quatro criminosos correram em direção à viela.
O corretor declarou ainda que também correu e entrou em um ônibus. Foi quando avistou uma viatura da Polícia Militar, desceu do coletivo e comunicou aos agentes que havia sofrido um assalto. Ele foi levado ao local do crime, onde havia outras guarnições da PM.
Enquanto o corretor conversava com os militares, passava pelo local o Citroen azul. A vítima então gritou: "São eles ali" e apontou para o veículo dirigido por Allan. O automóvel foi abordado em seguida e os ocupantes acabaram detidos.
Sem antecedentes
Com os jovens e o adolescente não foram encontrados o telefone celular da vítima e nenhuma arma. O corretor, no entanto, disse na delegacia ter reconhecido sem sombra de dúvidas o menor que o atacou armado e também os outros três rapazes.
Os acusados alegaram inocência e contaram que tinham ido a um baile funk na rua Amaravati. Allan e Rafael disseram que saíram da festa por volta de 6h40 com destino ao bairro da Brasilândia, onde moram. Lucas contou que deixou o local com eles às 6h30 e o menor, às 6h50.
Os três rapazes não tinham antecedentes criminais. A juíza Carla Santos Balestreri, da Vara de Plantão Criminal da Capital, converteu a prisão em flagrante dos acusados em preventiva.
No entendimento da magistrada, "a prova da materialidade e os indícios de autoria do crime encontram-se evidenciados pelas declarações colhidas das vítimas e dos policiais militares".
Defensores dos jovens presos disseram que eles já foram denunciados à Justiça pelo roubo, são réus e estão em cela lotada no CDP 2 de Osasco (Centro de Detenção Provisória), na Grande São Paulo.
Allan fez 21 anos no último dia 25. Rafael completará 21 anos na próxima quarta-feira (30). Lucas tem contrato de aprendizagem assinado com uma empresa de saúde desde janeiro deste ano e, em depoimento, declarou ser auxiliar de almoxarifado. O menor apreendido foi solto.
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