Josmar Jozino

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Deolane nega lavagem de dinheiro e diz que ganha R$ 1,5 milhão por mês

Presa nesta quarta-feira (4) em um hotel na região central do Recife (PE), a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, 36, negou envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro, ocultação de bens provenientes de crimes e jogos ilegais, mas confirmou que teve contrato com a Esportes da Sorte até maio deste ano, empresa investigada por suspeita de envolvimento no esquema.

Em depoimento à Polícia Civil, ela disse que as transações milionárias rastreadas durante as investigações estão relacionadas a aplicações.

Em um dos casos, relacionou uma transação de R$ 7 milhões em março deste ano relacionada à empresa Bezerra Publicidade ao fechamento de uma conta bancária para justificar a necessidade de transferência para outra instituição financeira. Ela disse ainda ser a responsável pela gestão de outra empresa, a Bezerra Comércio e Serviços.

Rendimento de R$ 1,5 milhão por mês

Questionada sobre a sua fonte de renda, Deolane disse receber R$ 1,5 milhão líquido por mês em trabalhos de publicidade e atividades como empresária. Sobre os bens que possui, informou ter três carros de luxo e uma casa em Alphaville, região nobre de Barueri, na Grande São Paulo. Ela disse ainda ser dona de um terreno e ter um escritório em Tatuapé, na zona leste de São Paulo.

Deolane disse ter comprado uma Lamborghini por mais de R$ 3,8 milhões de Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte e um dos investigados por suspeita de envolvimento com o esquema.

Questionada, disse desconhecer o motivo de transferências relacionadas a sua mãe Solange Bezerra, mas informou que ela também faz trabalhos de publicidade. Justificou ainda uma transferência de R$ 250 mil a um "filho afetivo" como "presente ou pagamento de contas".

Mas disse não saber informar o motivo de uma transferência de R$ 68 mil ao filho de 17 anos. "[Acredito] que esse dinheiro seja referente aos trabalhos de publicidade", relatou em depoimento. Ela também disse não saber o motivo de transações entre as contas da sua mãe e de seu filho.

Em uma declaração escrita a mão, Deolane se queixou da apreensão de um celular "sem o devido mandado de busca e apreensão".

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O UOL não localizou os representantes legais de Deolane para que se manifestassem sobre o depoimento. O espaço segue aberto.

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