Josmar Jozino

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Reportagem

PM prende suspeito de envolvimento no assassinato de Pedrinho Matador

A Polícia Militar prendeu Adalberto de Oliveira Alves Júnior, o Pierre, 32 anos, apontado pela Polícia Civil de Mogi das Cruzes como suspeito de envolvimento no assassinato de Pedro rodrigues Filho, 68, o Pedrinho Matador.

O maior serial killer do Brasil foi morto a tiros em 5 de março de 2023 em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. Pierre teve a prisão temporária decretada e é investigado por participação no crime.

A defesa de Adalberto de Oliveira Alves Júnior alega que o cliente é inocente e diz acreditar que Pedrinho Matador foi assassinado por um parente de uma de suas vítimas.

Policiais militares da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Moto) realizavam patrulhamento na zona sul da Capital, quando abordaram um veículo Jeep Renegade, conduzido por um indivíduo que se identificou como Antônio Carlos Souza.

Segundo a PM, no momento da abordagem e após busca pessoal e no veículo, nada de ilícito foi encontrado. Porém, consultar o documento apresentado pelo suspeito, os agentes constaram que a documentação era falsa e que o indivíduo se tratava de Adalberto de Oliveira Alves Júnior.

Em nota, a Polícia Militar informou que contra Pierre havia dois mandados de prisão em aberto, sendo um por roubo e outro por receptação. A PM comunicou ainda o preso é integrante da alta cúpula do PCC (Primeiro Comando da capital).

A nota diz também que Pierre assumiu a função de torre (chefe) do PCC após a prisão de Leonardo Vinci Alves de Lima, o Branquinho, narcotraficante preso por PMs da Rota (rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) em junho deste ano.

Aval do PCC

A Polícia Civil continua investigando o assassinato de Pedrinho Matador e apurou que o PCC deu aval para o assassinato dele. Segundo investigadores, o serial killer havia discutido com traficantes do bairro Ponte Grande, em Mogi, e queria proibir a comercialização de cocaína e maconha na região.

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Ele era contra o funcionamento de uma biqueira (ponto de venda de drogas) perto da casa dele porque tinha sobrinhos pequenos. Para a Polícia Civil, o descontentamento gerou atritos com os responsáveis pelo tráfico e por isso Pedrinho foi morto com autorização do PCC.

Matou o próprio pai

Pedrinho Matador passou 42 anos atrás das grades. Ele foi preso pela primeira vez em 1973, mas conseguiu a liberdade em 2007. Quatro anos depois voltou à prisão para cumprir mais duas penas. Ele deixou a cadeia pela porta da frente em 2017.

Pedrinho Matador foi acusado de ter assassinado 71 pessoas. A primeira vítima foi o vice-prefeito da cidade de Alfenas, em Minas Gerais, que foi morto porque demitiu o pai dele, apontado como suspeito de ter roubado merenda escolar.

Ele também assassinou o próprio pai após descobrir que ele havia matado sua mãe com 22 golpes de facão. Pedrinho Matador foi condenado inicialmente a 126 anos pelos assassinatos. Mas a pena total dele somava 400 anos.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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