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Ministros do STF e Flávio Bolsonaro apoiam Ludhmila para cargo de Pazuello
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Além do apoio público do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a médica cardiologista Ludhmila Hajjar, 42, também conta nos bastidores com o apoio do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para assumir o Ministério da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello.
Pessoas no entorno do filho mais velho do presidente contam que a formação técnica de Ludmilla foi bastante elogiada, especialmente, a especialização no tratamento da covid-19. A intenção é que ela ajude a transformar a imagem do ministério, bastante criticado atualmente. O senador, no entanto, ainda não admitiu publicamente o apoio, mas vem defendendo desde a semana passada o incentivo à vacinação em massa. Uma mudança no rumo do governo Bolsonaro, que até pouco tempo criticava as vacinas e a obrigatoriedade da aplicação.
A coluna apurou que dois ministros do STF ligaram para o presidente Jair Bolsonaro neste domingo para elogiar o trabalho da médica. A cardiologista já teve como seus pacientes os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli e Gilmar Mendes, os deputados Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Hildo Rocha (MDB-MA). Ela também é próxima do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
Ludhmila, porém, tem sido alvo da ala ideológica do governo e apoiadores radicais. Ela criticou publicamente o uso da hidroxicloroquina, que o presidente defendeu desde o ano passado. Ela também já declarou que a covid-19 "se trata com ciência, não com ideologia" em entrevista à Jovem Pan, em novembro passado. Nas últimas horas, porém, um áudio em que uma mulher critica Bolsonaro tem sido atribuído a ela, o que gerou dúvidas no presidente. Na gravação, obtida pela coluna, uma mulher diz: "Não sei o que vai acontecer com esse Brasil. Só sei que quero Caiado presidente porque ele foi corajoso, chega. Tem que cair esse JB. Ele é um psicopata". No entanto, a cardiologista negou aos assessores do presidente que a gravação seja dela.
A médica esteve hoje no Palácio da Alvorada para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), residência oficial da Presidência da República. O teor do encontro não foi informado. O jornal O Globo divulgou que o ministro Pazuello admitiu problemas de saúde e manifestou interesse em deixar o cargo. Horas depois, ele negou que tenha pedido demissão.
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