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Associação de Magistrados luta por vistos brasileiros para juízas afegãs
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A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) está atuando junto com outras autoridades nacionais para que juízas afegãs obtenham vistos humanitários para que possam deixar o Afeganistão e venham viver no Brasil.
A juíza Renata Gil, presidente da AMB, contou que, desde maio deste ano, um grupo de 270 juízas do Afeganistão tinha solicitado ajuda para vistos junto à União Internacional de Magistrados. A presidente da AMB diz que trabalha para ajudar esse grupo que já estava mobilizado pela saída do país junto a organizações internacionais. Renata Gil também fez reuniões nesta semana com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, para obter apoio nessas medidas. Há expectativa de que o governo brasileiro dê um retorno até o fim da semana sobre os vistos.
Já em maio, as magistradas afegãs se sentiam em perigo com o avanço do Talibã naquele país. Algumas dessas juízas tinham até participado de julgamentos com condenações de integrantes do Talibã nos últimos anos, o que as coloca em posição de alto risco no Afeganistão agora.
Não se sabe ao certo ainda o número de juízas que precisa de vistos e de seus familiares. A lista está sendo verificada por organizações que estão auxiliando nesse processo desde o Afeganistão. A ideia é que as magistradas deixem o país junto com seus familiares e essa lista será fornecida por organizações que estão auxiliando nesse processo.
Renata Gil avalia que é difícil retirar todas as pessoas de uma única vez e devem ser feitas algumas missões. O papel da AMB será na ajuda para obtenção dos vistos junto ao Itamaraty e, uma vez no Brasil, a instituição também irá auxiliar na recepção das juízas e suas famílias tanto na acomodação como para que elas possam encontrar trabalho e se instalar no país.
"A ideia é abrir uma porta. Todos temos responsabilidade em ajudar", afirmou a presidente da AMB, ao dizer que o Brasil pode se empenhar em ajudar outros cidadãos afegãos de outras áreas. "Vou lutar dia e noite por isso", completou.
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