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Defesa de ex-assessores de Carlos Bolsonaro critica quebra de sigilo
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As defesas de ex-assessores do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) avaliam que o período de quebra de sigilo autorizada no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) é muito amplo e pretende enfrentar o tema em instâncias superiores. O vereador e outras 26 pessoas tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrado em uma investigação que apura a prática de rachadinha, entrega ilegal de salários, e a nomeação de pessoas que não atuavam de fato, os chamados "funcionários fantasmas".
Em alguns casos, assessores tiveram sigilo quebrado a partir de 2005 até o ano de 2020, um total de 16 anos. Há expectativa de esse seja um dos argumentos apresentados em habeas corpus nas próximas semanas. O advogado Antônio Fonseca, que defende Carlos Bolsonaro, tem dito, porém, que só vai explicar as questões nos autos. O advogado Magnum Cardoso, que representa Ana Cristina Valle, segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro, não quis se manifestar sobre o assunto.
O advogado Jefferson Gomes que defende o casal Guilherme e Ananda Hudson critica, por exemplo, o fato de que Ananda teve o período de quebra deferido entre 1 de março de 2009 até 2020. Ela, porém, foi assessora de Carlos apenas entre 2009 e 2010.
"É uma ilegalidade flagrante. O ato de investigação tem que ter limite. Qual é a correlação? Como pode ter a vida devassada? 10 anos pra frente ainda? É surreal do ponto de vista técnico. Tem que ser debatido e enfrentado", disse ele. Gomes também afirma que não procede que Guilherme tenha morado em Resende durante todo o período em que foi assessor de Carlos Bolsonaro. Segundo ele, seu cliente morou no Rio de Janeiro em parte dos anos em que foi assessor, mesma época em que cursava Direito.
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