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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Policial e membro do PTB, Queiroz defende Jefferson após tiros contra PF

Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro - Reprodução/SBT
Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro Imagem: Reprodução/SBT

Colunista do UOL

23/10/2022 18h45

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Fabrício Queiroz, ex-candidato a deputado estadual pelo PTB no Rio de Janeiro, saiu em defesa do ex-deputado Roberto Jefferson neste domingo (23). Para Queiroz, que foi assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jefferson não pode ser chamado de "bandido" mesmo após o ataque do correligionário a um grupo de policiais federais que foi cumprir a ordem de prisão contra Jefferson determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Policiais federais foram agredidos ao cumprir o mandado neste domingo na casa do ex-deputado em Comendador Levy Gasparian, a 140 km do Rio. Quando os agentes chegaram, Jefferson reagiu. Ele atirou contra os policiais e, segundo a Polícia Federal, lançou granadas. Dois policiais ficaram feridos por estilhaços.

"Já estava desenhado que ia chegar ao limite essa perseguição. Repúdio os tiros contra os policiais em qualquer hipótese. Mas Roberto Jefferson não é bandido. Basta de ordens absurdas. Deus, família e liberdade", escreveu Queiroz, em sua conta no instagram.

Queiroz se filiou ao PTB este ano para disputar uma vaga na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), mas não conseguiu se eleger. Ele chegou a ser denunciado junto com Flávio Bolsonaro, em 2020, por desviar salários de funcionários do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. Como o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou provas da investigação, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) está refazendo a investigação.

Prisão domiciliar

Jefferson está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e teve um novo pedido de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), depois de insultar a ministra Cármen Lúcia.

O ex-deputado xingou a ministra em um vídeo no sábado (22) e comparou Cármen Lúcia a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas". O vídeo foi publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.

Até 18h30, Jefferson ainda não tinha sido preso e estava em sua casa. Ao saber do ataque de Jefferson, o presidente Jair Bolsonaro enviou o ministro da Justiça, Anderson Torres, para o local. Depois do ataque, Jefferson gravou novos vídeos e disse que não iria se entregar.