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PL oferece mansão, cargo e escritório político para Bolsonaro em Brasília
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Após a derrota para o petista Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial, o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) passou os últimos dois dias discutindo os próximos passos com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O partido ofereceu a Bolsonaro a possibilidade de assumir um cargo remunerado na legenda e de montar um escritório político para que ele organize a oposição a Lula.
Além disso, Costa Neto também sugeriu a Bolsonaro que siga morando em Brasília em um imóvel custeado pelo partido no Lago Sul, região nobre da capital federal. Segundo interlocutores de Bolsonaro ouvidos pela coluna, ele conseguiria ter mais privacidade no Distrito Federal do que se voltasse a morar em sua antiga casa no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro.
Outro ponto que conta a favor da permanência em Brasília é que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também continuarão vivendo na capital federal e cumprindo seus mandatos. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também prefere seguir em Brasília. O único da família que permanece no Rio de Janeiro é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
O "02", inclusive, já retornou à capital fluminense para retomar o mandato após a licença tirada para ajudar o pai na campanha presidencial.
Interlocutores de Bolsonaro contaram à coluna que Valdemar Costa Neto disse a Bolsonaro que ele disse acreditar que pode continuar liderando seus apoiadores e reunindo apoio às pautas conservadoras por meio do novo escritório político a ser criado. O PL crê que os parlamentares eleitos do PL, que integram a base mais radical e ligada a Bolsonaro, são um terço dos 99 eleitos no primeiro turno.
Com o novo cargo, Bolsonaro ganharia um salário além da aposentadoria militar que ele já possui no valor líquido de R$ 8.919,63. Bolsonaro, porém, ainda não decidiu.
Por lei, ex-presidentes possuem direito a um conjunto de seguranças e assessores custeados pelo estado. O PL também garantiu que irá ajudar Bolsonaro na contratação de advogados para responder a processos que estão tramitando em diferentes tribunais.
Um ponto que causou estranhamento no pronunciamento de Bolsonaro na terça-feira (1º) foi a ausência de Flávio e Carlos Bolsonaro ao lado do presidente. Quem também não estava era a primeira-dama. Integrantes do núcleo próximo de Bolsonaro veem essas ausências como parte das brigas da família, que já estavam ocorrendo desde o primeiro turno da eleição.
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