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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Dino oferece a governo do Rio cooperação da PF para apurar caso Marielle

02.jan.2023 - Flávio Dino toma posse como ministro da Justiça - Reprodução/Youtube
02.jan.2023 - Flávio Dino toma posse como ministro da Justiça Imagem: Reprodução/Youtube

Colunista do UOL

06/01/2023 04h00

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, ofereceu ao governador do Rio, Cláudio Castro, a cooperação do Ministério da Justiça e o apoio da Polícia Federal para as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e o mandante do crime ocorrido em março de 2018.

O ministro tinha adiantado em entrevistas, ao longo da semana, que o ministério estava fazendo análise técnica, colhendo os dados das investigações e das ações penais já existentes. O objetivo, segundo ele, é buscar uma cooperação com o estado do Rio de Janeiro. A ideia é que, nesse primeiro momento, a polícia fluminense tenha a colaboração da PF para apurar o caso.

Além disso, a coluna apurou que o ministro deve vir ao Rio de Janeiro, em breve, para uma agenda mais ampla para discutir outros temas de segurança pública. Segundo relatos de interlocutores de Castro, os dois possuem boa relação desde o período em que ambos eram governadores. Dino foi governador do Maranhão antes de ser ministro e Castro assumiu o estado do Rio após o afastamento de Wilson Witzel, em 2020.

Na segunda-feira (2), ao tomar posse como ministro, Dino disse que está comprometido com a elucidação do assassinato da vereadora. "É uma questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis, e a PF assim atuará, para que nós saibamos quem matou Marielle e quem mandou matar Marielle Franco", afirmou Dino. Ao ouvir a declaração do colega de governo, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, chorou na plateia.

Na ocasião da posse, o ministro chegou a mencionar a possibilidade da federalização do caso. Atualmente, a investigação tramita na Polícia Civil do Rio e no Ministério Público fluminense, que já se manifestou contrário à possibilidade. Em 2019, o MPF chegou a pedir a federalização, mas o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou.