Apesar de delação, Bolsonaro não acredita que Cid o esteja acusando
Interlocutores de Jair Bolsonaro (PL-RJ) relataram à coluna que o ex-presidente não consegue acreditar que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, esteja mencionando fatos que o denunciem.
A coluna apurou que, no momento, a ordem de Bolsonaro é aguardar e não fazer nenhum sinal que possa ser interpretado como ataque a Cid. O ex-presidente prefere aguardar a conclusão dos depoimentos.
Bolsonaro e seus aliados mais próximos mencionam com frequência que supostas menções à possibilidade de não deixar o presidente Lula (PT) tomar posse não seriam a efetivação de um plano golpista em si.
Porém, as primeiras informações sobre a delação premiada, reveladas na semana passada, mostram que Cid afirmou em seus depoimentos que, logo após a derrota no segundo turno da eleição, Bolsonaro recebeu das mãos do assessor especial Filipe Martins uma minuta de decreto para convocar novas eleições, que incluía a prisão de adversários.
De acordo com Cid, o ex-presidente submeteu o documento em conversa com militares e o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou-se favoravelmente ao plano golpista durante as conversas de bastidores, mas não houve adesão do Alto Comando das Forças Armadas.
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