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Nova eleição na Geórgia pesa para republicanos negarem vitória de Biden

Kamala Harris, vice-presidente pode dar voto de Minerva no Senado -                                 AFP
Kamala Harris, vice-presidente pode dar voto de Minerva no Senado Imagem: AFP

Colunista do UOL

10/11/2020 14h24Atualizada em 10/11/2020 17h48

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Além da disputa pela herança do trumpismo sem Trump, o negacionismo eleitoral republicano, evitando reconhecer a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial, tem tudo a ver com a disputa pelo controle do Senado. Os democratas mantiveram maioria na Casa dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil. Mas ainda há indefinição sobre o futuro comando do Senado.

Esse controle dependerá de um novo turno da eleição na Geórgia a respeito de duas vagas do estado no Senado. Nenhum dos 4 postulantes conquistou maioria absoluta, o que levou à convocação de nova eleição em 5 de janeiro, com possibilidade de voto antecipado entre 14 e 31 de dezembro.

Serão duas eleições separadas. Uma vaga será disputa pelo atual senador republicano David Perdue contra o democrata que o desafiou, Jon Ossoff. Pela outra vaga, concorrem a senadora republicana Kelly Loeffler e o postulante democrata Rapheal Warnock.

As duas vagas da Geórgia deverão definir quem terá o controle do Senado. Hoje, os republicanos possuem 53 assentos contra 47 dos democratas (dois desses são independentes).

Na Carolina do Norte, houve anúncio na tarde desta terça-feira de reeleição do senador Thom Tillis. Os republicanos chegam a 49 assentos no Senado. No Alaska, onde a apuração continua, a maior probabilidade é de vitória de outro republicano. Isso daria ao partido 50 senadores.

Com os resultados até agora, os democratas têm 48. Mas, se o Partido Democrata vencer as duas vagas na Geórgia, chegará a 50. E a futura vice-presidente Kamala Harris poderá dar no Senado o voto de Minerva (em caso de empate), segundo a lei americana