Moraes pede para PGR opinar sobre devolução de celular de ex-assessor
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes deu prazo de cinco dias para a a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar sobre a devolução do aparelho celular de seu ex-assessor Eduardo Tagliaferro. A decisão é do dia 10.
Tagliaferro está no centro dos vazamentos de mensagens telefônicas sobre a atuação de Moraes quando presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Reportagens publicadas pela Folha revelaram mensagens trocadas entre Tagliaferro e um assessor do ministro no STF. Essas conversas indicariam atuação irregular de Moraes por usar de maneira informal a estrutura do TSE para abastecer investigações no Supremo.
O ex-assessor prestou depoimento à PF em 22 de agosto no âmbito de inquérito aberto para investigar possível crime de violação de segredo funcional e tentar identificar quem teria vazado as conversas.
O celular foi apreendido ao final do depoimento. Na ocasião, sua defesa classificou a apreensão como incomum. A defesa pediu a devolução do aparelho.
Tagliaferro trabalhava no gabinete de Moraes no TSE e foi preso em maio de 2023 por um episódio de violência doméstica. Seu telefone ficou por alguns dias sob custódia da polícia civil em São Paulo. As mensagens reveladas pela Folha são oriundas dos arquivos do telefone antigo de Tagliaferro, que nega ter vendido ou tentado vender as informações.
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