Letícia Casado

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Como Lira tem tentado convencer deputados a apoiar seu candidato

Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), apostam na desistência de Elmar Nascimento (União-BA) e de Antonio Brito (PSD-BA) da disputa para sua sucessão em favor da candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB). A eleição está marcada para fevereiro de 2025.

Dois motivos são centrais nessa avaliação. O primeiro é sobre o desgaste de levar a candidatura adiante sem ter chances de efetivamente ganhar a disputa.

Os acordos que estão sendo costurados por Lira com os partidos em torno do nome de Motta tendem a se efetivar e consolidar o deputado com chances de vitória. Lira foi reeleito para o cargo com 464 votos de 513 deputados em 2023, o que mostra a sua força para negociar. Disputar para perder seria um desgate para Elmar e Brito, afirmam parlamentares.

Nas conversas sobre o assunto, Lira tem feito a seguinte pergunta: "Você quer ganhar a eleição da Câmara comigo?". Os interlocutores sabem que ele tem força para isso.

O segundo ponto trata sobre a distribuição de cargos na mesa diretora da Câmara. Se levarem as candidaturas adiante, PSD e União ficam sem espaço dentre os cargos que definem a dinâmica da Casa.

Os deputados não descartam a possibilidade de o PSOL e talvez o Novo indicarem nomes para disputar com Motta, mas seriam candidaturas para "marcar posição" e não com chances efetivas de vitória.

Nos bastidores, parlamentares afirmam que dentro de um mês as conversas devem definir o cenário.

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