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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Lula optou pelo centrão de cara com medo de um "novo Eduardo Cunha"?

Colunista do UOL

09/11/2022 19h57

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Na Live UOL desta quarta-feira (9), falei sobre o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que fez um alerta ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre o orçamento secreto.

Após fazer uma série de críticas a esse tipo de emenda, o senador afirmou que, se Lula não acabar com o orçamento secreto, será o próprio orçamento secreto que irá acabar com o governo. "É impraticável você conviver na presidência da República com o orçamento secreto", disse.

Em entrevista ao UOL, Renan Calheiros criticou o presidente da Câmara —seu arquirrival em Alagoas.

"Esse Arthur Lira, do ponto de vista da democracia, é uma coisa aterradora. O que nós sofremos em Alagoas (...) Ele chegou ao cúmulo de usar setores da Polícia Federal para reabrir uma investigação na Assembleia Legislativa, afastar o governador, fazer sistemáticas nesse setor que ele manobrava de modo a tirar dividendos no processo político eleitoral, com o orçamento secreto", afirmou.

Renan Calheiros também defendeu negociações, neste momento, primeiramente com o PSD e só depois um pulo no colo do centrão, já com mais força. Exatamente o oposto da escolha do presidente eleito —talvez pelo medo absurdo de se perder a presidência da Câmara ou de se ter um Eduardo Cunha no comando.

A sugestão de Renan explica algo importante sobre a transição, que poucos conseguiram pescar e que já é algo que começa a causar algum tipo de ruído.

Na Live UOL, falamos também sobre o relatório do Ministério da Defesa sobre o resultado da "fiscalização" das urnas eletrônicas feito pelas Forças Armadas; e sobre o primeiro encontro de Lula (PT) com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após as eleições.

Com Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.