Ataques bolsonaristas deveriam ser enquadrados como atos de terrorismo

Na Live UOL, desta terça-feira (13), falei sobre os atos de bolsonaristas que queimaram carros, ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília.

Os ataques começaram depois da determinação da prisão temporária de um líder indígena, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para quem conhece Brasília, não há explicação para que os atos não tenham terminado com caminhões de manifestantes detidos —já que a cidade não oferece rotas de fuga. Prisões não foram feitas porque houve omissão por parte das autoridades e isso é muito grave.

Os atos também chamam a atenção para um ponto importante: o preço que pagamos por cair na conversa dos Che Guevaras de apartamento envolvidos na elaboração ou no cumprimento de leis, principalmente as criminais.

Diferentemente de qualquer outro país, no Brasil, a lei que trata do assunto considera terrorismo apenas atos realizados por xenofobia, discriminação, preconceito de raça, cor, etnia ou religião. Se não envolver minorias, não é terror.

Casos como o do surto de bolsonaristas radicais, somados a falhas na Lei Antiterrorismo mostram que, por aqui, há quem não vá para atrás das grades porque falsos moralistas — grandes defensores das minorias— optaram pela lacração.

Com Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 14h às 15h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.