Natália Portinari

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PF investiga Marcos do Val por ataques contra Dino

A Polícia Federal (PF) investiga o senador Marcos do Val (Podemos-ES) como suspeito de ser responsável por ataques a Flávio Dino, incitando militantes de direita ao enviar o telefone do ministro em um grupo de WhatsApp.

Ao UOL, o senador nega ter estimulado os integrantes do grupo a atacar Dino. Segundo ele, se trata de um grupo de jovens "interessados por política". Ele também nega ter compartilhado o telefone de Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.

Nos dias 14 e 15 de maio, Dino recebeu uma série de mensagens ofensivas após seu número ser enviado no grupo por Do Val, segundo investigadores.

Os titulares das linhas foram chamados a depor pela Polícia Federal, que tentava, desde então, estabelecer a origem do vazamento.

O nome de Do Val tinha sido citado, mas a PF trabalhava com a hipótese de alguém ter se passado pelo senador no grupo, que se chamava "Grupo da Direita".

Nesta quarta-feira (13), durante a sabatina de Dino no Senado, indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o próprio senador forneceu provas sobre o caso.

Em sua lista de transmissão, ele disse que um menor de idade participante desse grupo teria sido convocado para depor na Polícia Federal como suspeito no caso, e enviou uma cópia da intimação enviada a ele.

"Estão duvidando que um menor de idade foi intimado para depor na Polícia Federal por ter criticado o Flávio Dino. Então segue a intimação da PF", escreveu.

O suspeito, porém, tem 21 anos, segundo fontes da PF. Com base nesse novo episódio, investigadores devem pedir que o caso seja remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que o senador tem foro privilegiado.

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A PF deve pedir também sua inclusão no inquérito das fake news por ter afirmado, erroneamente, que o delegado convocou um menor de idade para depor.

Do Val diz não se lembrar de quando entrou no grupo e do que ocorreu no dia em que as mensagens foram enviadas a Dino. "Ali é um grupo de adolescentes, fico dando incentivo para eles poderem entrar na política. É tudo criança", disse.

Do Val já é investigado pelo STF sob suspeita de ter trabalhado para atrapalhar as investigações sobre o 8 de Janeiro.

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