Campanha de Tabata vê esperança com cenário instável criado por Marçal
A entrada de Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo mexeu com todas as campanhas e esse "cenário instável" é a aposta da deputada Tabata Amaral (PSB) para manter as esperanças de vitória.
Com menos de 50 segundos no horário obrigatório de rádio e TV, a candidata aposta nos debates/sabatinas e nas redes sociais para convencer o eleitor paulistano. Seu objetivo é ser protagonista de uma reviravolta na campanha, já que ela aparece nas pesquisas tecnicamente empatada com Marçal e Datena, os três atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB).
O principal desafio dado ao marqueteiro Pedro Simões é tornar Tabata conhecida para além da "menina pobre que estudou em Harvard". A meta é mostrar que ela tem uma história pessoal que muitos eleitores podem se identificar: veio de uma família pobre, com familiares com problemas com álcool e drogas.
Não esconder o passado é a aposta de Simões na criação da série "Tabata", uma espécie de documentário em episódios, que destaca a vida da "filha de uma diarista e de um cobrador de ônibus". Até o momento, a campanha admite que a série "ainda não viralizou", mas a equipe de rede social vai tentar fazer recortes que possam cair nas graças do eleitor.
No primeiro episódio, ela homenageou o seu pai, Olionaldo Francisco, que se suicidou em meio a uma crise de dependência química.
Pouca idade e uso positivo da juventude
Tabata tem passado por ajustes na imagem para assumir um estilo mais jovem. A candidata foi aconselhada a "assumir" os seus 30 anos com roupas que conversem com o eleitor da sua idade.
A avaliação é que a deputada tem potencial de convencer a sua geração a ao menos ouvir suas propostas e ver que, "apesar de ser uma mulher, jovem, sem filhos, ela tem uma história de quem já cuidou da casa, dos pais e pode cuidar da cidade", dizem os estrategistas da campanha.
Eles admitem, no entanto, que há uma tendência de uma camada mais "conservadora" do eleitorado associar a juventude de Tabata com inexperiência.
Para tentar confiança no eleitor e quebrar essa resistência, além da vida pessoal, o marqueteiro quer destacar projetos que a deputada encampa em Brasília como o Dia Nacional da Dignidade Menstrual e o programa Pé-de-Meia, que surgiu de um projeto de lei de autoria de Tabata.
*Para ouvir mais sobre o tema, assista o comentário no Radar as Eleições, videocast do UOL, que estreou nesta terça-feira.
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