Ramagem respondeu a 124 perguntas da Polícia Federal sobre Abin paralela
O deputado Alexandre Ramagem respondeu a 124 perguntas da Polícia Federal sobre a chamada "Abin paralela", rede de espionagem que teria sido montada no governo Jair Bolsonaro para buscar informações sobre opositores, jornalistas e até sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Ele chegou a sede da PF no Rio de Janeiro ontem às 15 horas e só saiu de lá às 21h15. Foram, portanto, cerca de seis horas de depoimento. Segundo apurou a coluna, Ramagem respondeu a todas as perguntas. O conteúdo do depoimento está sendo mantido em sigilo.
Vários pontos estão sendo investigados pela Polícia Federal. Não apenas o funcionamento da "Abin paralela" e suas motivações, mas também sua possível relação com o "gabinete do ódio", encarregado de disseminar notícias falsas. Ramagem foi diretor-geral da Abin no governo Bolsonaro.
O deputado também foi questionado sobre a gravação encontrada em seu computador da conversa entre ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro.
Na gravação, cujo sigilo foi levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro sugere que se peça ajuda aos chefes da Receita Federal e do Serpro.
Ramagem é o pré-candidato do PL, partido do ex-presidente à prefeitura do Rio de Janeiro.
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