Raquel Landim

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Opinião

Agressão em SP era previsível e não fez cessar ataques entre candidatos

Neste domingo, assistimos uma das cenas mais deprimentes da política brasileira no debate promovido pela TV Cultura com os candidatos à prefeitura de São Paulo.

Depois de ser seguidamente provocado, José Luiz Datena (PSDB) acertou Pablo Marçal (PTB) com uma cadeira. Datena foi expulso e Marçal diz que se sentiu mal e deixou o evento.

Tudo isso numa TV pública, educativa, entre aqueles que querem comandar a maior cidade do país.

A cena é deprimente, mas era absolutamente previsível diante da baixaria que se tornou essa campanha.

A rejeição dos principais candidatos está nas alturas e, mesmo assim, eles não conseguem falar de propostas e deixar os ataques de lado. Marçal já bateu 44% de rejeição, superando os 37% de Boulos.

Logo após a briga, quando o debate retomou, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) perguntou ao candidato Guilherme Boulos (PSOL) se ele havia "cheirado" durante uma troca de perguntas e respostas - uma agressão gratuita, baseada numa fake news inventada por Marçal.

Durante o debate, Nunes e Boulos, que estão empaticamente tecnicamente na liderança, trocaram farpas o tempo todo.

Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) tentaram falar de propostas quando a palavra coube a elas, lamentando o baixo nível do debate entre os homens. Só que as duas pontuam muito baixo nas pesquisas, respectivamente, 8% e 3%.

Os líderes são Nunes, com 27%, Boulos, com 25%, e Marçal com 19%.

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Se Marçal é o elemento que provoca, desrespeita, desvirtua a democracia, os outros também não estão respeitando o eleitor e agindo com o mínimo de maturidade. Afinal, são todos adultos.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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