Debate 'sem confronto' da Prefeitura de São Paulo virou briga de rua
O que era para ser um debate "sem confronto" para a Prefeitura de São Paulo virou, literalmente, uma briga de rua.
Depois do episódio da cadeirada, agora temos um soco de um assessor do candidato Pablo Marçal (PRTB) no marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que sangrou bastante.
Nunes e Marçal já haviam tido um bate-boca, mas antes de começar o debate, com as agressões verbais que já viraram até lugar comum: "tchutchuca do PCC" e "condenadinho".
E o Flow, até aquele momento, às 23h15, comemorava seu novo formato e o fato de não precisar "parafusar" as cadeiras.
Havia transformado o que deveria ser um debate numa longa e tediosa sabatina de todos os candidatos ao mesmo tempo.
Era interessante ouvir as dúvidas concretas da população. E também havia a réplica dos adversários, mas não era um entrevista bem conduzida com as contraposições necessárias.
Foi quando nas considerações finais o jornalista Carlos Tramontina tentou evitar que Marçal aproveitasse os últimos segundos para atacar Nunes e o advertiu e interrompeu.
O candidato, que já vinha visivelmente irritado com outras "cortadas" do mediador, subiu o tom e reclamou que Tramontina não havia interrompido os ataques contra ele feitos por José Luiz Datena (PSDB).
Tramontina foi em frente e expulsou Marçal do debate. Foi a senha para a confusão. Um empurra-empurra na saída da equipe do candidato expulso que terminou num nariz sangrando.
Vale ressaltar que no debate RedeTV!/UOL a segurança de Marçal já estava muito tensa e ficava o tempo todo colada no candidato após o episódio da cadeirada.
Até virar briga de rua, os perdedores do debate eram os candidatos com programas de governo mais fracos — Marçal e Datena.
O candidato do PRTB recorria a soluções genéricas como "educar as pessoas" ou "gerar empregos" para praticamente todos os problemas da cidade, desde o trânsito até a habitação. Enquanto Datena escapava do tema.
Só que diante de um debate que — de novo — termina com ambulância e agora também um camburão da polícia qualquer análise desse tipo perdeu o sentido.
Depois de um breve intervalo em que o eleitor brecou os ataques verbais mais agressivos de Marçal no debate do SBT ao elevar sua rejeição, os confrontos para a prefeitura de São Paulo voltaram à selvageria.
Ficamos nos perguntando o que virá depois. E já sabemos que o eleitor não está gostando nada disso.
Deixe seu comentário