Nunes pede para investigar premeditação, e ida de Marçal a debates é dúvida
A equipe jurídica do prefeito Ricardo Nunes (MDB) vai pedir à Polícia Civil para investigar se o soco no marqueteiro Duda Lima por um assessor de Marçal foi premeditado. Caso isso fique comprovado, a ida do candidato Pablo Marçal (PRTB) aos próximos debates pode se complicar.
Segundo apurou a coluna, os advogados de Nunes recolheram uma série de indícios de que a agressão contra o chefe da campanha pode ter sido preparada com antecedência.
Eles afirmam que Lima foi filmado durante praticamente todo o debate pelos assessores de Marçal.
Chegam a questionar a veracidade do vídeo exibido pelo candidato do PRTB em que o marqueteiro supostamente reagiria depois de ir em direção ao celular do assessor de Marçal Nahuel Medina. Segundo eles, é uma montagem.
Os assessores de Nunes também afirmam que Marçal faz um sinal com a cabeça para Medina logo após ser interrompido pelo mediador, Carlos Tramontina. E que Medina se refugia atrás do prefeito depois da agressão, de onde levanta a sobrancelha, fazendo um sinal para alertar o restante da equipe de Marçal.
Citam ainda o bate-boca entre o prefeito e Marçal, provocado pelo candidato do PRTB antes do debate.
Se a premeditação ficar comprovada, o advogado Daniel Bialski, que defende o publicitário, pretende pedir a extensão da medida protetiva contra toda a equipe de Marçal, o que poderia incluir até o candidato. Por enquanto, a medida foi solicitada apenas para Medina.
Em caso de extensão da medida, ficaria mais complicado para os organizadores dos próximos debates —Record, Folha/UOL e Globo— manterem as equipes dos dois candidatos no mesmo estúdio, o que exigiria uma logística diferente da que foi feita até agora.
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