Raquel Landim

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Reportagem

Trauma de 1998 com voto útil levou Marta a curtir publicação de Tabata

Aliados da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) acreditam que ela curtiu e depois descurtiu uma publicação de Tabata Amaral (PSB) contra o voto útil por causa de um "trauma" de 1998. Marta é candidata a vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).

Tabata vem sendo alvo de manifestos de intelectuais e artistas a favor de voto útil em Boulos, para evitar um segundo turno entre Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos à direita. A campanha do deputado não se envolveu com o movimento.

Em 1998, nas eleições para o governo de São Paulo, Marta acabou fora do segundo turno ao registrar 22,51% dos votos, muito próxima dos 22,95% de Mário Covas (PSDB). A diferença foi de apenas 0,44% dos votos.

Na liderança, ficou Paulo Maluf (PPB), com 32,2%.

Pesquisas divulgadas perto da eleição apontavam um segundo turno entre Maluf e Francisco Rossi (PDT), que tinham um viés mais à direita. Rossi havia sido secretário de Maluf em gestões anteriores.

Para evitar esse confronto, eleitores progressistas optaram pelo "voto útil" em Covas.

Mas Rossi acabou em quarto lugar, com 17,18% dos votos.

No segundo turno, Covas venceu Paulo Maluf e foi eleito governador em 1998. Desde então, Marta é contra o "voto útil", porque foi vítima desse tipo de movimento.

Procurada pela coluna, Marta não se manifestou.

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