Por pacote, governo libera R$ 5,9 bi em um dia e vai a R$ 7,7 bi em emendas
O governo federal pisou no acelerador e liberou R$ 7,66 bilhões em emendas para persuadir os deputados a votar o pacote de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Os dados são ministério de Relações Institucionais. Desse total, 77% —ou R$ 5,9 bilhões— foram liberados apenas nesta sexta-feira (13). Até ontem, o valor estava em R$ 1,761 bilhão.
Segundo a pasta, o processamento das emendas já foi concluído, e os valores estarão disponíveis no caixa das prefeituras na segunda-feira.
A perspectiva do governo é votar na próxima semana os dois projetos de lei e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que compõem o ajuste fiscal.
Dos R$ 7,66 bilhões, R$ 3,44 bilhões foram para as emendas individuais, que incluem R$ 3,19 bilhões para as chamadas "emendas pix", criticadas pela falta de transparência, porque não exigem a apresentação de um plano de trabalho.
Portaria publicada pelo governo federal permitiu que o plano seja entregue até fevereiro, mesmo após decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino, disciplinando essas emendas.
Outros R$ 3,848 bilhões foram emendas para a área da saúde, e R$ 373,4 milhões foram destinados a emendas de bancada.
O Congresso vinha chantageando o governo federal e informando que não aprovaria o pacote fiscal sem a liberação das emendas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez campanha criticando o "orçamento secreto".
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