Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Noites do Terror: Justiça condena Hopi Hari por uso de marca do Playcenter
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A Justiça paulista condenou o Hopi Hari a pagar R$ 1,5 milhão à empresa Play One Empreendimentos pelo uso da marca "Noites do Terror", que faz referência a um evento que era realizado no antigo parque de diversão Playcenter.
Em maio de 2016, o Hopi Hari assinou um contrato com a Play One Empreendimentos por meio do qual poderia utilizar a marca "Noites do Terror" em uma determinada programação.
O acordo, no entanto, segundo informações prestadas pela Play One à Justiça, foi rompido meses depois, pois o Hopi Hari não teria cumprido alguns dos termos contratuais estabelecidos.
Mesmo assim, segundo a empresa, o parque utilizou a marca "Noites do Terror" para anunciar o evento "Hora do Horror + Noites do Terror", que seria realizado entre outubro e dezembro de 2016.
"Além dos descumprimentos obrigacionais e da utilização indevida da marca após a rescisão contratual, o réu [Hopi Hari] jamais efetuou o pagamento do valor ajustado em contrato [R$ 1,5 milhão]", disse a Play One no processo.
O Hopi Hari se defendeu afirmando à Justiça "não reconhecer o valor supostamente acertado".
"Inclusive, verifica-se que o contrato trazido à baila inicial pela parte autora [do processo] sequer conta com firma reconhecida em cartório, o que, por si só, descredita o documento", afirmou a defesa do Hopi Hari no processo.
O juiz Fábio Holanda não aceitou a argumentação e condenou o Hopi Hari a pagar R$ 1,5 milhão, valor que será acrescido ainda de juros e correção monetária. "O contrato celebrado pelas partes é válido", afirmou na sentença.
O Hopi Hari ainda pode recorrer da decisão.
Fundado em 1973, o Playcenter foi o primeiro grande parque de diversões do país. Ficava na marginal Tietê, em São Paulo, em um terreno com 85 mil metros quadrados próximo à ponte do Limão. Ao longo dos anos, de acordo com a empresa, recebeu cerca de 60 milhões de visitantes.
A primeira edição do "Noites do Terror" foi realizada em agosto de 1988, inspirada nas festas de Halloween. O parque recebia ambientação especial, com show e recursos de som e luz que criavam um clima de "terror".
O Playcenter fechou as portas em 2012 em meio a uma queda de público. No ano anterior, oito pessoas haviam se ferido em um acidente no brinquedo Double Shock. As pessoas foram arremessadas ao chão após o dispositivo abrir sozinho.Em 2018, a Play One Empreendimentos abriu o parque idoor Playcenter Family, localizado em uma área de cinco mil metros quadrados no Shopping Aricanduva. O grupo também é proprietário da marca Playland.
Em nota enviada à coluna, o Hapi Hori disse que ainda não foi notificado sobre a decisão.
"A direção do parque Hopi Hari vem informar que a ação judicial citada na reportagem do portal UOL e sua decisão não ocorreram na atual gestão e ainda não foi oficialmente publicada. Portanto, a diretoria e o departamento jurídico do parque não foram formalmente notificados a respeito.
Vale destacar que a referida ação judicial e seus desdobramentos datam do ano de 2016. E são resultado da má administração do parque por seus antigos administradores e que culminaram com o pedido de Recuperação Judicial. A gestão atual vem, desde 2019, trabalhando na recuperação do parque, que hoje cumpre com seus compromissos.
Independentemente dos fatos geradores dessa ação, assim que notificada, a atual gestão, seguindo suas diretrizes de transparência em todas as ações, irá se manifestar."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.