Rogério Gentile

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Em ruínas, mansão em que Hebe morou vai a leilão, mas ninguém se interessa

A mansão em que a apresentadora Hebe Camargo (1929-2012) morou por 21 anos no Morumbi, em São Paulo, foi colocada a leilão, por determinação judicial, mas nenhuma oferta foi realizada.

Conhecida no bairro como "a casa abandonada de Hebe", o imóvel pertence, na verdade, aos herdeiros do empresário Lélio Ravagnani, com quem ela se casou em 1979. Quando ele morreu aos 78 anos, em julho de 2000, a apresentadora deixou a mansão.

A casa tem 962 metros quadrados de área construída e está bastante deteriorada.

Sala da casa que Hebe morou
Sala da casa que Hebe morou Imagem: Imagem do laudo

"Está em ruínas", escreveu o juiz Fábio Junqueira no processo de quase 7 mil páginas em que a empresa Wv Soluções Logísticas cobra dívidas dos Ravagnani. Justamente por conta destas dívidas, o imóvel foi penhorado e levado a leilão.

A casa, em seu estado atual, foi avaliada em R$ 8,2 milhões.

Mansão está completamente deteriorada

Um laudo pericial realizado em 2022, obtido pela coluna, mostra a condição de abandono da mansão, que fica em um terreno de 1.987 metros quadrados.

"Com a ausência das telhas cerâmicas, a precipitação das chuvas determinou as infiltrações diretas nos ambientes do imóvel e ocasionou danos diversos nos ambientes do pavimento térreo e que se estenderam ao pavimento inferior", afirmou o perito no documento.

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Suíte que pertenceu a Hebe está deteriorada
Suíte que pertenceu a Hebe está deteriorada Imagem: Imagem do laudo

O laudo cita a "deterioração dos revestimentos de parede e tetos, com formação de bolhas e descascamento de pintura, presença de manchas de umidade nas paredes, deterioração dos pisos, armários danificados em geral, corrosão de quadros elétricos, e danos nos circuitos elétricos", entre outros problemas.

O leilão foi realizado pela leiloeira Dora Plat, da Zuk Leilão. A primeira praça ocorreu em setembro. A segunda tentativa foi encerrada no dia 21 de outubro.

"Não houve licitantes", informou a leiloeira à Justiça.

Ainda que houvesse interessados, uma decisão judicial obtida por um dos herdeiros de Ravagnani determinou a suspensão da venda do imóvel.

Lélio Ravagnani Filho contestou na Justiça o valor que havia sido determinado em primeira instância para a segunda praça, na qual o imóvel poderia ser leiloado por uma quantia mínima equivalente a 50% do preço de avaliação, ou seja, R$ 4,1 milhões.

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A suspensão foi determinada pelo desembargador Alexandre Malfatti.

Leila Ravagnani, filha do marido de Hebe, que morou na mansão, disse à Justiça que o estado de deterioração do imóvel foi causado por uma tempestade de grandes proporções e violência, em 2015.

"Os fortes ventos destelharam a casa, e a chuva torrencial inundou todo o imóvel", afirmou à Justiça.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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