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Justiça de SP rejeita alegação de pobreza de Saul Klein
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A Justiça de São Paulo rejeitou a alegação de pobreza do empresário Saul Klein, filho de Samuel Klein (1923-2014), o fundador das Casas Bahia.
O empresário fez a alegação de pobreza ao solicitar os benefícios da Justiça gratuita a fim de não pagar as custas e demais despesas de um processo que move contra seus antigos advogados.
Klein disse "estar passando por dificuldades financeiras". Afirmou que suas contas bancárias estão "há tempos com saldos negativos" e que o pagamento das despesas prejudicaria o seu sustento pessoal.
Por conta do alto valor do processo (R$ 7,5 milhões), as custas iniciais são da ordem dos R$ 75 mil.
A juíza Ana Laura Correa Rodrigues rejeitou o pedido afirmando que o empresário não apresentou documentos que comprovem a sua situação de pobreza. Disse também que a concessão indevida do benefício "subtrai receita dos cofres públicos, em prejuízo da sociedade".
Klein ainda pode recorrer.
No final do ano passado, o Ministério Público do Trabalho processou Klein, acusando-o de cometer "tráfico de pessoas para a submissão a condições análogas a de escravo, com trabalhos de natureza sexual". A Promotoria pede uma indenização de R$ 80 milhões.
A defesa de Klein disse à época que ele nunca cometeu crime algum, e que é "vítima de um esquema de extorsão por meio do qual os responsáveis se utilizaram de diversos meios ilícitos para atingirem seus objetivos, dentre eles a falsificação de documentos."
Seus advogados disseram que ele é um "sugar daddy", termo que descreve homens que têm o fetiche de sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de sexo.
Em 2020, Philip Klein, filho de Saul, pediu à Justiça a interdição do pai sob a alegação de que ele estaria dilapidando seu patrimônio de forma "acelerada e inconsequente".
Disse que o pai possuía uma fortuna de R$ 1,5 bilhão, mas que, para sua surpresa, ao se lançar candidato a vice-prefeito na cidade de São Caetano naquele mesmo ano, declarou à Justiça eleitoral possuir R$ 61 milhões.
A Justiça chegou determinar que o empresário passasse por uma perícia psicológica, mas o filho desistiu do processo, afirmando que o pai havia prometido parar de dilapidar o patrimônio da família.
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