Justiça rejeita recurso e condena Leandro Lehart à prisão por estupro
O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou recurso apresentado pelo cantor Leandro Lehart e manteve sua condenação a uma pena de nove anos, sete meses e seis dias de prisão, em regime fechado, sob acusação de estupro e cárcere privado.
A decisão foi publicada no último dia 16 de setembro. Segundo a acusação, em 2019, além de estuprar uma mulher com quem se relacionava havia dois anos, ele a manteve trancada em um banheiro de sua casa. Teria também a submetido a situações degradantes e escatológicas.
Ele ainda pode apresentar novo recurso, em liberdade.
Cantor nega crimes
Fundador do grupo Art Popular, Leandro nega as acusações. Nas redes sociais, após ser condenado em primeira instância, em 2022, ele divulgou uma nota afirmando ser vítima de uma grande injustiça:
"Estou sendo vítima de uma grande injustiça, mas a verdade vai prevalecer. São 40 anos de carreira e 50 anos de vida acreditando na Justiça e, mesmo que tarde, ela não falha. E a maldade não prevalecerá nunca."
Os desembargadores do TJ, no entanto, por maioria de votos, rejeitaram o recurso apresentado por sua defesa, mantendo a condenação. Ele obteve apenas o voto favorável de um deles, que considerou não haver prova suficiente para a condenação.
Um novo recurso ainda pode ser apresentado pelo cantor ao Superior Tribunal de Justiça (terceira instância).
Leandro ficou famoso nos anos 90 com o grupo de pagode Art Popular. Ele participou do programa Casa dos Artistas (SBT) em 2001 e foi diretor do Centro Cultural São Paulo em 2021.
Procurado pela coluna, o escritório Davi Tangerino Advogados, que representa o cantor, eviou a seguinte nota:
"Em que pese voto do relator absolvendo Leandro Lehart, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por maioria, manteve a sentença de primeira intância. Os autos permanecem em segredo de justiça. A defesa segue certa da inocência e recorrerá, confiante de que a verdade será restabelecida, a tempo e modo, pelo Poder Judiciário".
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