Rogério Marinho diz ignorar ataques de Guedes para avançar nas obras
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O blog perguntou ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, como ele pretende lidar com a agressividade do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Marinho respondeu: "Continuando nossas entregas."
Como se sabe, as posições que o ministro do Desenvolvimento Regional tem defendido no governo -e junto ao presidente Jair Bolsonaro- foram o principal alvo de ataques do ministro da Economia, na entrevista coletiva de imprensa que concedeu ontem à noite.
Logo após encontrar-se com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Guedes afirmou que Bolsonaro está recebendo conselhos para driblar o teto de gastos do Orçamento e que isso pode levár ao impeachment do presidente da República.
"Eu vou brigar com ministro fura teto", disse Guedes. E citou explicitamente a fatídica reunião ministerial do dia 22 abril, cujos diálogos em vídeo foram divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro sublinhou sua reação imediata contra a proposta de aumento de gastos que Marinho apresentou no encontro:
"Tinha um ministro dizendo que o presidente aumenta a chance de reeleição furando o teto e pulando cerca. E eu estava dizendo exatamente o contrário."
Rogério Marinho tentará evitar bater de frente com Guedes. Sabe que nada tem a ganhar no momento. Seu principal problema é obter recursos para dar continuidade aos projetos da pasta. E esses recursos, de uma forma ou de outra, acabam passando pelo crivo do Ministério da Economia.
O ministro do Desenvolvimento Regional conta, no entanto, que o presidente Bolsonaro fará com que Guedes continue liberando recursos. Afinal Bolsonaro está empolgado com a popularidade que a inauguração de obras e liberação de recursos emergenciais tem lhe proporcionado, mesmo em meio à pandemia do coronavírus.
O problema é que Bolsonaro também não quer que o ministro Paulo Guedes deixe o governo.
Para o Palácio do Planalto, Guedes usou a entrevista coletiva e os pedidos recentes de demissão de secretários da pasta para mandar um recado ao presidente: não terá como permanecer no governo se a política defendida por Rogério Marinho for encampada.
Mas os ministros-generais do Planalto têm aconselhado o presidente a fugir dessa armadilha. Publicamente, Bolsonaro continuará dizendo que Guedes permanece sendo seu "Posto Ipiranga" da economia, mas, na prática, insistirá na liberação de recursos para tentar se blindar da crise do coronavírus.
Até onde essa corda aguenta ser esticada é que não se sabe ainda.
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