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Sete crianças podem ter morrido por covid desde que Anvisa liberou vacina
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Levantamento da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19, divulgado no último dia 17 de dezembro, revelou que, em 2020, ocorreram 156 mortes por covid entre crianças de 5 a 11 anos. Em 2021, foram registrados outros 145 óbitos. Um total de 301 casos desde o início da pandemia. Isso dá uma morte a cada dois dias.
Pois bem, no dia 16 de dezembro a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação de vacinas contra covid em crianças dessa faixa etária. Isso quer dizer que a cada dois dias sem vacinar, um brasileirinho pode estar morrendo.
Hoje, neste 5 de janeiro de 2022, passaram-se 15 dias da autorização da Anvisa sem que o governo promovesse a vacinação de crianças. Mantida a média histórica de mortes pela covid nessa faixa etária, pelo menos 7 crianças morreram.
Trata-se um crime promovido pelos agentes públicos: 7 crianças mortas por uma omissão premeditada do governo. Premeditada porque o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, protelou ao máximo a adoção da recomendação da Anvisa, mesmo sabendo que isso seria uma questão de vida ou morte para as crianças.
Queiroga agiu (ou deixou de agir) sob as bênçãos de seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, que, por sua vez, não só criticou a decisão da Anvisa como defendeu a exposição pública dos técnicos do órgão para a execração da turba bolsonarista.
Não se trata mais de uma questão ideológica, ou política, ou eleitoral. Agora é uma corrida contra o tempo para salvar crianças. Uma corrida contra a morte. Só nos resta torcer para as vacinas chegarem e serem administradas às crianças a tempo de salvar suas vidas.
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