Thais Bilenky

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Reportagem

Lula piorou visivelmente à tarde, mas deixou reunião sem alarde

O presidente Lula passou a segunda-feira (9) com aspecto abatido. Segundo ministros que tiveram agendas de manhã e de tarde com ele, a piora ao longo do dia foi visível.

Como não é raro que Lula reclame de desconfortos, sua equipe no Palácio do Planalto não entrou em alerta especial com seu estado de saúde.

Viram a ambulância do comboio que acompanha o presidente para onde quer que ele vá deixando o Palácio do Planalto antes mesmo de acabar a reunião em que estava. E mantiveram, mesmo assim, a programação normal. No final do expediente, informaram a agenda do dia seguinte sem qualquer alteração.

Por coincidência, o chefe da assessoria de imprensa e aliado já antigo de Lula, José Chrispiniano, também precisou sair mais cedo e não estava com Lula quando ele foi para o hospital.

Sua última agenda do dia foi um encontro com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e congressistas. Um deles era o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico. Lula, contudo, não desabafou sobre a dor de cabeça que sentia já havia uma semana. Alencar só soube da situação pela imprensa no dia seguinte.

A médica que acompanha o presidente no dia a dia, Ana Helena Germoglio, examinou Lula e o orientou a ir direto para o Hospital Sírio-Libanês, em Brasília.

Lá ele passou por exame que identificou uma hemorragia no cérebro decorrente do acidente doméstico sofrido no dia 19 de outubro, em que caiu no banheiro do Palácio da Alvorada.

Lula então foi transferido para o Sírio em São Paulo no avião presidencial e passou por cirurgia de emergência na madrugada desta terça-feira (10) para drenagem da hemorragia intracraniana.

O procedimento durou cerca de uma hora. Lula, que está com 79 anos, já está acordado e consciente, segundo a equipe médica.

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