Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Nota das Forças serviu para "avisar que dali não passa", diz militar
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A nota assinada ontem pelo ministro da Defesa, e subscrita pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, serviu para "traçar uma linha e avisar que dali não passa", afirmou um militar próximo da nova cúpula das Forças.
O comunicado, que acusa o senador Omar Aziz de agir de forma "vil e leviana" contra as instituições militares, é a primeira manifestação política divulgada em conjunto pelos comandantes que ascenderam depois da crise causada pela demissão do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva.
A frase final do texto — "as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro"— repete, em forma e conteúdo, o que disse o presidente nas vezes em que ameaçou colocar o Exército nas ruas a pretexto de "libertar" a população de inexistentes lockdowns decretados por governadores.
Disse Bolsonaro em discurso no Espírito Santo no mês passado: "Tenho as Forças Armadas do meu lado, sou o chefe supremo delas. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Poderão, sim, um dia ir às ruas para garantir a sua liberdade e seu bem maior que é aquilo previsto em nossa Constituição".
O discurso de Bolsonaro foi feito dois meses depois de ele demitir o ministro Azevedo e Silva e trocar todos os comandantes das Forças. Braga Netto, nomeado o novo ministro da Defesa, escolheu o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira para comandar o Exército; o almirante de esquadra Almir Garnier para a Marinha; e o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior para a Aeronáutica. À exceção do brigadeiro, que nunca escondeu sua simpatia pelo bolsonarismo, a posição dos demais restava uma incógnita.
A nota de ontem deixa mais claro a que vieram também os outros dois comandantes. Bolsonaro está mais próximo de ter "o seu" exército.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.