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PMs do interior de SP alugaram 50 ônibus para vir à Paulista, diz deputado
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Policiais militares de cidades do interior de São Paulo como Itapetininga, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Bauru e Campinas estão se organizando para comparecer em massa à manifestação pró-Bolsonaro na avenida Paulista em 7 de setembro.
Segundo o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), já há "pelo menos 50 ônibus alugados" pela categoria nessas cidades. Em algumas delas, afirma ele, os PMs estão recebendo o "apoio" de comerciantes para pagar seus assentos, com custo entre 30 e 100 reais.
Embora o Regimento Disciplinar da Polícia Militar de São Paulo determine que policiais da ativa não podem participar de manifestações de caráter político-partidário, o deputado afirma que nada impede que PMs apoiem o presidente "como brasileiros". Para o parlamentar, os policiais "têm certidão de nascimento e o direito de ser um patriota". O deputado afirmou que os policiais do interior virão à paisana e disse acreditar que não portarão armas.
O Coronel Tadeu, eleito em 2018, ganhou notoriedade em novembro de 2019 ao quebrar a placa de uma exposição da Câmara dos Deputados que expunha o desenho de um policial com revólver na mão e um jovem caído no chão sob o título "O genocídio da população negra".
Aliado de Bolsonaro e crítico do governador de João Doria, ele afirma que "80% das tropas da PM do Estado de São Paulo são bolsonaristas".
Para Tadeu, o governador de São Paulo cometeu "seu maior erro político" ao afastar o coronel Aleksander Lacerda, o comandante de seis batalhões da PM no interior de São Paulo punido por postar mensagens incitando PMs a participar de atos contra o STF. "Tecnicamente, o governador agiu de forma correta, mas, politicamente, e pela maneira como se deu o afastamento, ele esgarçou a relação com a corporação, que, aliás, nunca foi boa".
Segundo o deputado, Doria "ganhou 140 mil cabos eleitorais contra ele" com a punição do comandante, "adorado pelas tropas". Mesmo assim, afirma o parlamentar, não haverá, da parte dos PMs, qualquer reação fora das normas à decisão.
"A PM só irá reagir se receber uma ordem ilegal do governador", afirma. E o que seria uma ordem ilegal? Responde o parlamentar: "A proibição de policiais comparecerem à Paulista, por exemplo. Nesse caso, Doria terá de arcar com as consequências".
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