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Thaís Oyama

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Conformismo de Bolsonaro com inelegibilidade irrita aliados

Colunista do UOL

19/06/2023 14h19

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O conformismo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em ficar inelegível está deixando aliados irritados. Eles queriam ver o ex-chefe do Executivo esperneando para tentar ganhar no grito, segundo a colunista do UOL Thaís Oyama. O TSE marcou para quinta-feira o julgamento que pode tornar o ex-presidente inelegível.

O que é visível, e é comentado por aliados, é que ele está fazendo discurso do conformado, do derrotado. Ele já está fazendo discurso de quem já sabe que será condenado à inelegibilidade por oito anos. Na opinião de alguns aliados, isso é ruim".

Na opinião desses aliados, ele deveria estar esperneando mais e fazendo aquele discurso: 'Como assim sete ministros cassam o direito de 230 milhões de brasileiros escolherem seu candidato'. Eles esperavam mais energia da parte do ex-presidente, mais esperneio nesse caso".

Por ter diversos processos contra ele tramitando na Justiça, a colunista apurou que Bolsonaro está "acuado" nos últimos dias.

Ele não quer, de alguma forma, provocar ou angariar a antipatia das cortes em função do que fala e do que já falou".

Prova disso é que, em um fato inédito neste fim de semana, ele pediu desculpas por uma fake news que ele cometeu em um evento de Jundiaí no sábado".

Esperança de Bolsonaro se limita a tentar escapar de uma condenação que o leve à prisão, diz Oyama

A colunista também afirmou que a Justiça comum nos "calcanhares" de Bolsonaro o preocupa, já que ele está sem foro privilegiado.

Representa uma ameaça para ele porque, nesse caso, qualquer juiz de 1ª instância pode pedir a prisão dele e pode tomar medidas cautelares. Ele fica sujeito, como qualquer brasileiro, a decisões de juiz de 1ª instância".

Oyama: Presença de ex-secretário de Doria em evento do PL irrita PSDB

Thaís Oyama comentou que a presença de Marco Vinholi (PSDB) em um evento do PL irritou os tucanos. Ele era secretário na gestão do ex-governador João Doria em São Paulo.

Ele estava em um evento do PL, que é o partido do Valdemar Costa Neto, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de oposição ao governo. Isso criou um problema porque retomaram a ideia de uma intervenção no diretório, dada a presença de um tucano em evento do PL".

A colunista também disse que o PL e o PSD, de Gilberto Kassab, brigam pelo "espólio" do PSDB em São Paulo, já que o estado conta com cerca de 350 prefeitos ligados a João Doria.

Eles estão soltos por aí, à espera de um novo padrinho. Nessa disputa entram forte o PSD e o PL, os dois disputam esse espólio de 350 prefeitos, por quê? Porque são prefeitos do interior de São Paulo e não irão fechar com o PT, já que o eleitorado é majoritariamente conservador".

Esses prefeitos são de grande valor, tanto para as eleições municipais, quanto para fortalecer os candidatos que esses partidos tenham em 2026. Todo mundo está de olho nesses prefeitos".

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