Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Nova ameaça de Putin aos EUA: 'Consequências imprevisíveis'
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Depois de ter tido o cruzador Moskva atingido e afundado por dois mísseis disparos pelas forças ucranianas, Putin —que acusou o golpe— reagiu e preparou a apelidada reação de 'tríduo pascal'.
A meta de Putin é, por meio de fatos novos, colocar em segundo plano a notícia de o seu principal cruzador ter sido mandado para o fundo do mar Negro, junto com o comandante Anton Kuprin.
Notas diplomáticas russas enviadas aos EUA advertem o governo norte-americano e avisam do risco de "consequências imprevisíveis".
Revelam as notas que, se os EUA continuarem a enviar aos ucranianos "armas tecnologicamente avançadas", ocorrerão represálias de "consequências inevitáveis".
O Pentágono se agitou com as mencionadas notas e os analistas debruçaram-se para interpretar o alcance da expressão "consequências inevitáveis".
Todos os analistas lembraram-se de anterior e ultrapassado aviso de Putin de haver colocado em estado de alerta o aparato bélico-nuclear russo.
Os analistas do Pentágono concluíram que deveriam interpretar a atual advertência não como uma ameaça de emprego de armas nucleares.
A lembrar, pelos protocolos russos, se deve, em primeiro lugar, detonar uma primeira bomba, com alcance lesivo igual àquela utilizada pelos americanos em Hiroshima, quando da Segunda Guerra.
A interpretação final do Pentágono orientou-se no sentido de risco de atos de sabotagem, a impedir o trânsito de armas de alta tecnologia com destino à Ucrania.
O problema, segundo os analistas do Pentágono, é que os atos de sabotagem poderão ser realizados em territórios defendidos pela Otan.
Como sabem todos, a Otan tem como primeira tarefa defender os estados-nacionais aderentes e sob seu guarda-chuva protetivo. Caso a Otan se envolva, poderemos ter a guerra largamente ampliada.
Um dos corredores de abastecimento, segundo relatos vazados de agentes de inteligência, fica na Polônia. Não se deve esquecer ter a Rússia o seu corredor de abastecimento, localizado em parte na Bielorússia.
No pacote chamado de "tríduo pascal" — a abranger no calendário cristão a Sexta da Paixão, o sábado de guarda e o domingo da Páscoa do Senhor—, Putin legalizou o pagamento com criptomoedas.
O objetivo seria desafogar a Rússia das pesadas sanções econômicas impostas pelo Ocidente e a envolver até a neutral Suíça.
Para as autoridades monetárias russas, a legalização do sistema de criptomoedas diminuiria as dependências ao dólar e ao euro.
A outra medida foi, como se diz no jargão futebolístico, jogar para a torcida. Por ato governamental, está impedido de ingressar em território russo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Pano rápido. Ontem, nas livrarias italianas chegou a nova obra do papa Francisco (leia sobre a obra na coluna desta semana). Neste momento de apreensões e mortes de mais de 200 crianças e 900 civis inermes na Ucrânia, vale recordar o título do livro do pontífice: "Contra a guerra, a coragem de construir a paz".
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