Wálter Maierovitch

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Opinião

Caso Robinho: Fala de Clayton é pura canalhice

O ex-jogador Robinho foi condenado definitivamente na Itália por "stupro in gruppo" e a sentença, nove anos de reclusão, segundo decisão do brasileiro Superior Tribunal de Justiça, representa, pela homologação, título hábil para execução da pena.

Não cabe à Justiça brasileira revisar o mérito da sentença definitiva italiana. Assim, a desejada manifestação, perante a Justiça brasileira, por parte de Clayton Florêncio dos Santos, dado como coautor do covarde estupro, não tem valor jurídico algum.

Clayton, na verdade, foge da Justiça italiana.

Como ele não foi achado para ser citado pessoalmente para se defender no processo, este permanece suspenso. No particular, as legislações processuais penais italiana e brasileira são iguais.

Caso fosse portador de boa-fé, Clayton poderia, por procurador e advogado, e sem precisar ir à Itália, dar-se por citado e promover a sua defesa técnica. Poderia até ser ouvido por carta rogatória, pois Brasil e Itália possuem um tratado bilateral de cooperação judiciária.

Mas não faz isso porque lhe convém a situação de acusado em processo suspenso, sem condenação.

Mais ainda, é o típico criminoso que conhece bem a exuberância da prova acusatória do estupro coletivo com vítima em estado de inconsciência, e prefere, do Brasil, autoproclamar-se inocente. Ou seja, canalhice pura.

Para aumentar o grau da canalhice, Clayton procura inocentar Robinho, que nem versão igual a sua apresentou: "orgia e não estupro".

No momento, Clayton engrossa o coro de Robinho. Talvez para sensibilizar o nosso Supremo Tribunal Federal. Robinho, no seu último besteirol, acusou a Justiça italiana de racismo: "se eu fosse um italiano branco, seria diferente".

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A resposta a esse vil escapismo pode ser buscada na sentença da Corte de Cassação italiana: "Robinho e cúmplices (a incluir Clayton) demonstraram absoluto desprezo à jovem mulher, brutalmente exposta a repetidas humilhações". A mulher referida, de 23 anos, era uma imigrante albanesa que comemorava, na discoteca, o seu aniversário.

Num pano rápido: Clayton e Robinho só estão interessados em enganar os cidadãos brasileiros. De modo a fazer prevalecer a falsa imagem de injustiçados. No fundo, Robinho e Clayton, não mudaram em nada. São os mesmos do dia do estupro contra a imigrante albanesa em situação de vulnerabilidade. Continuam os canalhas de sempre.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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