É falso que Unesp confirmou que parada cardíaca de menina foi por vacina
É falso que uma "equipe da Unesp" (Universidade Estadual Paulista) confirmou que uma parada cardíaca sofrida por uma menina em Lençóis Paulista (SP) foi uma reação à vacina contra a covid-19, como dizem posts que circulam nas redes sociais e em aplicativos de mensagem desde quarta-feira (19). Ontem (20), especialistas do governo de São Paulo afastaram a relação com o imunizante, o que foi corroborado hoje (21) pelo Ministério da Saúde. A criança tem 10 anos e teve o quadro revertido.
Em nota enviada ao UOL Confere, a Unesp informou que "a criança vacinada na cidade de Lençóis Paulista, citada em mensagens que circulam nas redes sociais, não foi atendida no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB)", que é um hospital da Unesp.
Ainda segundo o comunicado, "os médicos do corpo clínico do HCFMB não emitiram nenhuma informação de diagnóstico relacionado a este caso, já que a criança não esteve internada na UTI Pediátrica do HCFMB."
As mensagens com a alegação falsa dizem que uma menina "sofreu uma parada cardíaca que foi confirmada pela equipe da Unesp ter sido reação da picada que tomou na tarde de ontem". No Instagram, posts com este teor somaram mais de 17 mil interações (curtidas e comentários). O alerta sobre o caso foi feito por um leitor via email para o UOL Confere (uolconfere@uol.com.br).
SP: caso não teve relação com vacina
O conteúdo começou a circular antes de haver qualquer avaliação oficial sobre o caso. Ontem, o Centro de Vigilância Epidemiológica do governo de São Paulo divulgou uma nota dizendo que, após uma investigação que reuniu informações prestadas pela família e pelos serviços de saúde onde ela foi atendida, especialistas concluíram que a menina é portadora da síndrome de Wolff-Parkinson-White, "uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia".
Condições congênitas são aquelas que estão presentes desde o nascimento da pessoa. Elas podem ser provocadas por fatores hereditários ou por fatores externos. Problemas no coração estão entre as condições congênitas mais comuns, como explica esta reportagem publicada por VivaBem em agosto.
Ainda de acordo com a nota, "a criança foi atendida em tempo oportuno, o quadro foi revertido e ela encontra-se hospitalizada, monitorizada e estável."
Na tarde de hoje (21), a Folha noticiou que o Ministério da Saúde confirmou a análise feita pelo governo de São Paulo, descartando a relação entre a vacina e o caso de parada cardíaca.
Esta checagem foi feita a partir de um alerta feito por um leitor. Quer sugerir uma checagem? Mande um email para uolconfere@uol.com.br
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