Declaração falsa de Villas Bôas é nova versão de mentira de 2018
É falsa uma suposta carta do Exército Brasileiro, assinada pelo ex-comandante Eduardo Villas Bôas, que anuncia um golpe após as eleições no Brasil. A imagem já havia sido compartilhada em 2018 e desmentida pela instituição à época.
O pedido de checagem foi enviado por leitores do UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049.
O que diz o post? Com o título de "intervenção militar" e "revolução brasileira", a carta diz o seguinte: "sem maiores transtornos, declaramos vago à Presidência da República do Brasil, assim suspendemos o Congresso Nacional e afastamentos todos de suas funções de ministros do Supremo e, a partir da 'zero hora', na data de 31/10/2022".
"Com isso, assume o governo do Brasil as Forças Armadas e Junta Militar que governará até o dia 31 de dezembro de 2023", diz outro trecho da publicação falsa.
Em 2018, o texto falava no início da "revolução brasileira" em 30 de maio daquele ano, seguindo em vigor até 31 de dezembro.
Não há registro de nenhum anúncio oficial das Forças Armadas sobre golpe militar.
Em 2018, a assessoria do Exército Brasileiro disse ao "Fato ou Fake", do site g1, que as informações eram falsas e Villas Bôas, então comandante da instituição, não havia feito a declaração.
Fake news sobre artigo 142. Como mostrou o UOL Confere, o Exército também foi envolvido em outras publicações falsas que citam o artigo 142 da Constituição. Uma delas atribui ao texto constitucional a definição de "poder moderador" das Forças Armadas — o que não está previsto no artigo 142 da Constituição. O artigo integra o "Capítulo II" do texto que dispõe sobre o papel das Forças Armadas (confira aqui a íntegra do texto da Constituição Federal de 1988).
As Forças Armadas —constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica— são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
O UOL Confere considera como falso os conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
5 dicas para você não cair em fake news
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