É falso que eleitor morto em 2010 tenha votado em Lula nas eleições de 2022
Não é verdade que o título de um eleitor morto há 12 anos tenha sido usado para computar voto em Lula (PT) nas eleições de 2022, como afirma falsamente uma mulher em vídeo compartilhado nas redes sociais.
O documento foi cancelado em 2010, segundo o TRE-SP. Além disso, o voto é secreto e não há como consultá-lo na internet.
O pedido de checagem foi enviado por leitores do UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049.
O que diz o vídeo falso?
Vídeo traz a seguinte descrição: "Pessoas FALECIDAS levantam para VOTAR no 13! Alguém poderia EXPLICAR como aconteceu este MILAGRE?".
Uma mulher diz que o título de eleitor do marido falecido há 12 anos foi usado para computar voto para Lula em 2022. "Carlos Roberto Collistock é meu marido e aqui está mostrando que ele votou no 13".
A mulher afirma ter obtido a informação após consultar o CPF do homem no site "Veja Seu Voto".
Por que o vídeo é falso?
Título de Collistock foi cancelado em setembro de 2010. Ao desmentir o boato no ano passado, o TRE-SP informou em nota que o documento do homem citado no vídeo foi cancelado após a morte (aqui).
Não é possível votar usando dados de um falecido. Mensalmente, os cartórios de registro civil informam aos cartórios eleitorais o número de óbitos ocorridos no mês anterior, promovendo o cancelamento dos títulos.
Voto é sigiloso e inviolável, conforme prevê a Constituição. O site mencionado no vídeo não é oficial nem utiliza informações da Justiça Eleitoral. "Seu sistema de busca retorna informações com qualquer número que se insira, mesmo não sendo de CPF válido. Portanto, os supostos votos que o site divulga são falsos, inventados e inexistentes", diz nota divulgada pelo TRE.
O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
Voto secreto
O sigilo do voto é assegurado por um arquivo chamado RDV (Registro Digital de Voto). Ao longo de todo o dia de votação, os votos de cada eleitor são armazenados gradativamente na urna eletrônica. O sistema interno de cada urna grava as informações registradas pelos eleitores no RDV. No momento do registro no RDV, cada voto passa por um processo de embaralhamento, para evitar que se descubra a escolha de cada eleitor (leia mais aqui).
O registro no RDV também permite a totalização dos votos de cada urna e a recontagem eletrônica, se necessária.
O conteúdo também foi checado por Aos Fatos.
Sugestões também podem ser enviadas para o email uolconfere@uol.com.br.
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