MST não invadiu suposta fazenda do cantor Gusttavo Lima em Minas Gerais
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) não invadiu uma fazenda do cantor Gusttavo Lima, localizada em Coronel Pacheco (MG), ao contrário do que afirma vídeo compartilhado nas redes sociais. As assessorias do MST e do músico negam a afirmação.
O que diz o vídeo
A montagem mostra uma reportagem sobre a invasão de membros do MST em uma fazenda localizada em um trecho da rodovia MG-133, localizado no município de Coronel Pacheco.
"MST invadiu terra de Cantor Gustavo Lima", diz texto inserido no vídeo. O post ainda conta com um gif do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a mensagem: "VAI DAR PT".
Por que é falso
O MST negou que tenha invadido uma suposta fazenda do cantor Gusttavo Lima, em nota enviada ao UOL Confere. "O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra repudia a disseminação de notícias falsas, ao qual é alvo constante. Acreditamos que a verdade deve ser divulgada e a mídia pautada com fatos concretos, ética e responsabilidade".
A assessoria de imprensa do músico também desmentiu o vídeo, em mensagem enviada à reportagem. "Nunca teve alguma propriedade invadida. Também não tem e nunca teve relação nenhuma com a fazenda que estão divulgando".
O MST admitiu que ocupou o terreno que aparece na reportagem. Porém, a matéria não é recente, ao contrário do que sugerem os posts. A reportagem foi veiculada originalmente em junho de 2017, pela TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas Gerais (aqui). Em nenhum momento é citado que a fazenda invadida pertence a Gusttavo Lima.
Em janeiro de 2018, a imprensa mineira noticiou que a Justiça realizou a reintegração de posse da fazenda invadida (aqui).
Viralização. Um post com a mentira no Facebook, publicado no último dia 12, registra 596 mil visualizações, 11 mil reações, 8,9 mil comentários e 3,5 mil compartilhamentos. Já uma publicação no TikTok, feita no dia 26 de agosto, tem 701,1 mil visualizações, 18,9 mil curtidas e 4.775 comentários.
Este conteúdo também foi checado por Reuters Fact Check.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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