Jogadoras da Irlanda não viraram as costas em protesto contra Israel

É falso que as jogadoras da seleção sub-17 de futebol da Irlanda viraram de costas durante a execução do hino de Israel como uma forma de protesto, conforme publicações que circulam nas redes sociais.

Na verdade, elas viraram de costas durante o hino do próprio país porque o gesto é "tradição entre muitas equipes irlandesas", explicou a FAI (Associação de Futebol da Irlanda).

O que diz o post

"Párea mundial: a seleção irlandesa de futebol feminino sub-17 vira as costas enquanto o hino nacional israelense é tocado antes das eliminatórias da Euro 2024 em Tirana, na Albânia", diz o texto sobreposto ao vídeo.

No vídeo, as atletas da Irlanda estão de costas enquanto o hino nacional é tocado no estádio.

Por que é falso

Jogadoras de costas. Por meio da busca reversa do Google (aqui), é possível encontrar resultados que confirmam que as atletas irlandesas do sub-17 viraram de costas enquanto o hino irlandês era tocado (aqui e aqui, ambas em inglês) antes do jogo contra Israel. Um vídeo no Youtube do canal da Associação de Futebol da Albânia mostra elas de costas só após o hino israelense ser tocado, tanto que elas até aplaudem a execução da música (aqui, a partir do 4:00, veja abaixo).

Gesto não foi protesto contra Israel. Na mesma notícia que mostra as jogadoras da Irlanda de costas (aqui, em inglês), é dito também que a FAI rebateu o boato de que o gesto foi uma forma de protesto. "Ambas as equipes estavam voltadas na mesma direção durante o hino nacional de Israel antes que a seleção irlandesa se virasse para a bandeira, como é tradição entre muitas equipes irlandesas, para ouvir o 'Amhrán na bhFiann' antes de se virar novamente para concluir os habituais protocolos pré-jogo".

Atletas fizeram a mesma coisa em outra partida. Ao buscar outras partidas da Irlanda sub-17 no canal, é possível ver que elas também viraram de costas no jogo contra a Albânia, no dia 20 de fevereiro (aqui, a partir de 10:00).

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O conteúdo também foi checado pelo Aos Fatos (aqui) e Reuters (aqui).

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