É falso que juiz do caso Deolane Bezerra tenha sido assassinado

É falso que o juiz responsável pelo caso da influenciadora e advogada Deolane Bezerra tenha sido morto, como afirmam algumas publicações compartilhadas nas redes sociais.

Na verdade, as postagens mostram a notícia de um assassinato ocorrido em 19 de outubro de 2023, antes do caso Deolane vir à tona.

O que diz o post

"Juiz e magistrado que ia julgar o caso de deolane foi morto", diz o título da publicação.

É exibido o trecho de um vídeo em que a jornalista Renata Lo Prete informa a morte do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, do TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco).

A postagem ainda diz: "Quem protege bandido está vivo né !!!". No rodapé, a mensagem "alguém queria fazer queima de arquivo".

Por que é falso

Assassinato ocorreu em 2023, antes do caso Deolane. Renata Lo Prete informou que o juiz Paulo Torres Pereira da Silva foi morto em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, na noite de 19 de outubro de 2023. O anúncio foi feito no Jornal da Globo do mesmo dia (aqui). Outros veículos de imprensa também noticiaram o crime na ocasião (aqui e aqui).

Criminosos já foram inclusive condenados. O TJ-PE condenou acusados pelo latrocínio —roubo seguido de morte— do juiz. A sentença pode ser acessada na página de notícias do TJPE, publicada em 10 de junho de 2024 (aqui).

Não há registro de processos envolvendo Silva e Deolane. Uma busca pelos termos "paulo torres pereira da silva" + "deolane" no site Jusbrasil, que reúne documentos jurídicos públicos, não exibe nenhum resultado (aqui).

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Investigações do caso Deolane estão em andamento. A prisão de Deolane Bezerra faz parte da operação "Integration", que tem o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Por meio de nota ao UOL Confere, a Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (Ascom/TJPE) informou que "todas as diligências judiciais que envolvem as pessoas da Operação Integration tramitam em segredo de Justiça. Por esse motivo, informações não podem ser repassadas".

Viralização. Nesta sexta-feira (13), uma das postagens com o teor falso tinha mais de 4.000 reproduções no Instagram.

Este conteúdo também foi verificado pela Lupa.

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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