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Suspeito de matar filha da namorada no PR é achado morto na cela

Aline Moreira foi morta quando ia de Santa Catarina para o Paraná - Facebook
Aline Moreira foi morta quando ia de Santa Catarina para o Paraná Imagem: Facebook

Do UOL, em São Paulo

05/10/2013 16h46Atualizada em 05/10/2013 22h27

O mecânico José Ademir Radol, 48, principal suspeito de matar a filha adolescente de sua namorada, foi encontrado morto na noite de sexta-feira (4) dentro da cela na Delegacia de Rio Negro (PR), informa a corporação.

De acordo com a polícia, o suspeito se enforcou com uma tereza, corda feita com lençóis, nas grades da porta cerca de três horas depois de ser colocado junto com outros três presos na cela de seguro, como é chamada a ala que abriga suspeitos de crimes sexuais, homicídios e outros delitos considerados mais graves.

Segundo o investigador Luis Ribeiro, Radol foi detido por volta das 16h de sexta-feira, em Santa Cecília, a 150 km do município, mas só foi enviado às 20h para a cela – nesse período, ele prestou depoimento sobre a morte da estudante Aline Moreira, 18, e depois fez exame de corpo de delito.

Às 23h, diz a polícia, o delegado do caso ouviu gritos vindos dessa ala e, logo em seguida, encontrou o mecânico enforcado. O Corpo dos Bombeiros foi chamado, mas os oficiais constataram óbito no local, sem tempo para levá-lo para o hospital. O corpo, então, foi enviado ao IML por volta das 2h de sábado.  

Suspeita de estupro

Aline desapareceu após sair de Mafra, cidade catarinense conurbada a Rio Negro, com destino a Curitiba com o mecânico no último dia 27 de setembro. Segundo a mãe da vítima, Leonilda Kurlapski, a jovem conseguiu enviar, horas depois, uma mensagem pelo telefone celular pedindo socorro, mas logo depois desapareceu.

Aline foi encontrada morta, com o corpo nu, em uma estrada vicinal de Fazendinha, localidade rural, na última terça-feira (1º). A a delegacia de Rio Negro trabalha com a hipótese de estupro, mas aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) para comprovar se houve crime sexual - o documento pode levar até 30 dias para ficar pronto.

Radol, que tem passagem pela polícia de Santa Catarina por suspeita de estupro, disse ser inocente ao ser preso.