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Ativista diz não conhecer homem que acendeu rojão que matou cinegrafista

Imagens postadas por amigos nas redes sociais mostram o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, trabalhando - Reprodução/Facebook
Imagens postadas por amigos nas redes sociais mostram o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, trabalhando Imagem: Reprodução/Facebook

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

11/02/2014 17h06

A manifestante Elisa Quadros, conhecida como Sininho, prestou depoimento na 17ª DP, em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, e, ao deixar a delegacia, por volta das 16h30 desta terça-feira (11), disse que não conhece Caio Silva de Souza, identificado como o homem que acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista da “TV Bandeirantes” Santiago Ilídio Andrade, 49, na última quinta-feira (6). Santiago teve morte encefálica na segunda (10).

Sininho foi chamada a depor no procedimento aberto pela Polícia Civil para investigar a suposta oferta feita por ela ao advogado Jonas Tadeu Nunes, em nome do deputado Marcelo Freixo (PSOL), para auxiliá-lo na defesa do tatuador Fábio Raposo, que foi preso no domingo (9) sob a acusação de ter repassado o rojão que atingiu e causou a morte do cinegrafista da "Band". Sobre a oferta, ela afirmou que "tudo já foi esclarecido".

O deputado negou ter qualquer relação com os dois manifestantes envolvidos na morte do cinegrafista. Freixo afirmou que vai pedir à Polícia Civil que apure a denúncia que o relaciona ao suspeito de ter atirado o rojão.

Na saída da delegacia, ao lado de amigos, ela foi cercada por jornalistas e cinegrafistas e seguida por cerca de 200 m. Andando no meio da rua, a manifestante tentou entrar em um ônibus, mas o motorista não abriu a porta. O mesmo aconteceu quando ela tentou entrar em um táxi. Elisa continuou andando pela rua e se afastou dos repórteres sem dar mais declarações.

Por volta das 13h, houve um princípio de bate-boca entre jornalistas e um deles, que estava fazendo foto dos profissionais de imprensa à distância. Um cinegrafista, então, começou a filmá-lo. O homem não gostou e perguntou o motivo de estar sendo filmado. Os profissionais então disseram que estavam fazendo o mesmo que ele e, após uma rápida discussão, a questão foi contornada. Por conta disso, o clima é tenso no local.