Com greve do Metrô-SP, ônibus e trens são reforçados; veja alternativas
A greve no Metrô de São Paulo, aprovada em assembleia dos metroviários na noite de ontem (4), afeta a circulação de trens nas linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha nesta quinta-feira (5). As linhas 5-Lilás e 4-Amarela, esta sob administração privada, funcionam normalmente.
Na linha 1-azul, os trens começaram a circular na manhã de hoje somente entre as estações Luz e Ana Rosa. Na 2-verde, os trens circulavam entre Ana Rosa e Clínicas. A 3-vermelha funcionava apenas entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecília. O movimento ficou bem abaixo normal nessas três linhas na manhã de hoje. Por volta de 11h, foram abertas as estações Sumaré e Vila Madalena na linha 2-verde e Marechal Deodoro na linha 3-vermelha.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) suspendeu o rodízio municipal de veículos, que hoje tiraria de circulação nos horários de pico os carros com placas final 7 e 8. A exemplo dos metroviários, agentes da CET aprovaram greve por tempo indeterminado nesta quinta.
A CPTM, a EMTU e a Prefeitura de São Paulo montaram esquemas especiais nesta quinta para tentar suprir a falta do metrô em parte da cidade. Veja abaixo as alternativas à paralisação:
CPTM
A CPTM (Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos) aumentou o número de trens circulando em todas as linhas. Segundo a companhia, os trens circulam com menor intervalo do que em dias normais.
A estação Corinthians-Itaquera, que fica entre as estações Tatuapé e Dom Bosco da linha 11-coral, fica fechada para embarque e desembarque enquanto durar a greve do metrô.
A CPTM reforçou a segurança nas estações e adotou o controle de fluxo dos usuários nas estações mais movimentadas, de modo a evitar o acúmulo de passageiros nas plataformas.
A operação da Linha 7-rubi (Luz-Francisco Morato) foi estendida até a estação Brás.
As integrações com o Metrô nas estações Palmeiras-Barra Funda, Brás, Tamanduateí, Santo Amaro, Tatuapé e Luz ficam fechadas. A interligação com a Linha 4-Amarela, nas estações Pinheiros e Luz, funciona normalmente.
Ônibus
A SPTrans informou que acionou o Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência), medida que coloca ônibus para circular nos trajetos das linhas de metrô. Na zona leste, ônibus extras circulam entre as estações Corinthians-Itaquera e Pedro 2º, usando as avenidas Tiquatira e Radial Leste.
Na zona sul, o Paese funciona entre as estações Jabaquara e Paraíso, utilizando o corredor formado pelas avenidas Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Jabaquara, Domingos de Moraes e Vergueiro. Já na zona norte, ônibus extras circulam entre as estações Tucuruvi e Tietê, por meio das principais avenidas da região.
A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), responsável pelas linhas intermunicipais, alterou o trajeto de dez linhas que ligam cidades da região metropolitana às estações Tucuruvi e Parada Inglesa da Linha 1-azul. Com a greve, as linhas serão estendidas até a estação Tietê. Não há alteração na circulação dos ônibus da EMTU nas demais regiões e municípios da Grande São Paulo.
Negociações
A greve havia sido anunciada pela categoria no último dia 27. Desde então, metroviários e a direção do Metrô tentaram chegar a um entendimento. Na tarde de ontem, representantes do sindicato e do Metrô realizaram a terceira reunião de conciliação no TRT, mas novamente não houve acordo.
Os trabalhadores pedem reajuste de 16,5% nos salários e demais benefícios, plano de carreira --em especial para funcionários da segurança e da manutenção--, além de outras reivindicações, como aumento na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e auxílio-creche.
Inicialmente, o Metrô ofereceu reajuste de 5,2%. Na semana passada, a companhia subiu a proposta para 7,8%. Na reunião de hoje, o Metrô ofereceu reajuste de 8,7%, vale-refeição mensal de R$ 669,16 e vale-alimentação mensal de R$ 290. Juntos, os reajustes resultariam em um aumento de 10,6% a 13,3% nos rendimentos da categoria.
Uma nova reunião no TRT está marcada para 15h30 desta quinta-feira. Às 17h, os metroviários farão uma assembleia para decidir sobre a continuidade da greve.
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