"Eu quero meu filho, vivo ou morto", diz mãe de desaparecido
Ao ver o nome de seu filho em primeiro lugar na lista oficial de desaparecidos na tragédia de Mariana (MG), Maria Nilza Vieira Albino, 57, se desesperou. Ela estava no centro integrado, criado para que as pessoas tenham informações e tragam informações sobre os desaparecidos.
Maria Nilza é mãe de Samuel Vieira Albino, 33, empregado da Geotécnica, empresa terceirizada que trabalhava para a Samarco. "Aí, meu Deus. Eu quero meu filho, vivo ou morto, eu quero meu filho", disse.
"Não quero o corpo do meu menino enterrado na lama. Quero saber onde ele está", disse nesta segunda-feira (9) a mãe do desaparecido.
Segundo ela, os quatro filhos de Samuel não param de perguntar quando o pai volta para casa. "Os bichinhos não param de reclamar e perguntar quando o pai volta. Está todo mundo assim. Eu não aguento mais", disse Nilza. Samuel tem duas meninas e dois meninos, com idades entre dois e 13 anos.
Até o momento, há duas mortes confirmadas. O motorista Cláudio Fiúza morreu ao sofrer um mal súbito quando viu a avalanche de lama. O corpo do motorista Sileno Narkevicius de Lima, funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviço para a mineradora Samarco, foi identificado neste domingo (8). Há dois corpos ainda não identificados.
São 25 os desaparecidos, sendo cinco crianças. Bombeiros estão fazendo varreduras nas áreas atingidas, com o apoio cães treinados. Um grupo de bombeiros especializados em soterramentos participa das buscas. Três feridos estão internados no hospital João 23, em Belo Horizonte.
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